
Matheus Motta, de 20 anos, foi
sequestrado e morto por traficantes do Complexo do Chapadão, na zona norte do
Rio. Segundo as investigações, o estudante foi submetido ao tribunal do tráfico
após ser confundido com um policial militar por causa de uma foto em seu
celular. Na imagem, Matheus usava uma roupa comum em partidas de paintball,
parecida com fardas pretas da Polícia Militar. Matheus passava pela comunidade
do Chapadão na garupa da moto de um amigo. Os dois divulgavam uma festa quando
foram abordados pelos traficantes. Após encontrarem a foto, os criminosos
submeteram Matheus ao tribunal do tráfico, no alto da comunidade, e liberaram o
amigo. Segundo a Polícia Civil, a pena do tribunal do tráfico é queimar corpos
dentro de carros em bairros distantes do Chapadão. O corpo de Matheus foi
encontrado na Praça Seca, na zona oeste da cidade. O corpo do jovem foi
reconhecido nesta segunda (7) pela família no IML (Instituto Médico Legal),
principalmente por causa do alargado que ele usava. Posteriormente, um exame de
DNA confirmou que o corpo carbonizado encontrado dentro de um carro era de
Matheus. O jovem de 20 anos tinha namorada e pretendia concluir o Ensino Médio
ainda este ano. Após terminar o curso, ele pretendia fazer concurso para a
Polícia Militar ou para a Polícia Civil porque "tinha o sonho de acabar
com a corrupção". No alto da comunidade dominada pela facção criminosa que
matou Matheus, a Polícia Militar encontrou ao menos cinco carros de luxo
"depenados". Segundo a polícia, é comum o roubo de carros na região
para revenda de peças ou para serem usados pelos criminosos dentro da
comunidade.
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