
Detalhes da delação
de Delcídio do Amaral foram divulgados pela revista IstoÉ
A revista IstoÉ divulgou detalhes
da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) que teria 400
páginas. O senador acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) de atuar três vezes
para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário. "É
indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de promover a
soltura de réus presos na operação", afirmou Delcídio na delação, segundo
a revista. Cardozo deixou esta semana o Ministério da Justiça alegando sofrer
pressões do PT. A presidente Dilma Rousseff convocou o ministro da Casa Civil,
Jaques Wagner, e o agora ex-ministro da Justiça e atual titular da
Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, para definir as estratégias do
governo em reação à delação premiada do senador Delcídio Amaral, revelada nesta
quinta-feira, 03, pela Revista IstoÉ.
Delação - Uma das investidas da
presidente Dilma, segundo Delcídio, passava pela nomeação do desembargador
Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Tal nomeação
seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos habeas corpus
e recursos da Lava Jato no STJ". Delcídio contou aos procuradores que a
estratégia foi discutida com Dilma no Palácio da Alvorada e que sua tarefa era
conversar "com o desembargador Marcelo Navarro, a fim de que ele
confirmasse o compromisso de soltura de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo",
da Andrade Gutierrez. Na sua deleção, Delcídio citou vários nomes, entre eles o
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da compra
da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.
Resposta - O ex-ministro da
Justiça José Eduardo Cardozo e agora advogado-geral da União, disse na manhã
desta quinta-feira que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) não tem credibilidade
para fazer acusações e que sua delação pode ser uma retaliação ao governo por
não tê-lo ajudado a deixar a prisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário