segunda-feira, 4 de abril de 2016

Assassino do cartunista Glauco é morto em presídio durante banho de sol

Com diagnóstico de esquizofrenia, Cadu estava preso desde setembro de 2014

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 30 anos, assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vilas Boas, foi assassinado no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia, na manhã desta segunda-feira, 4. Cadu, como também era conhecido, estava preso desde setembro de 2014 e foi morto com uma arma artesanal. Ele teria se envolvido em uma briga com outro detento durante o banho de sol, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSAP-GO). Conforme a nota, o detento apontado como o autor do homicídio se apresentou à direção do Núcleo de Custódia e afirmou ter usado a arma artesanal para se defender durante a briga, segundo ele, iniciada por Cadu. Ainda de acordo com o órgão, agentes penitenciários notaram a movimentação no pátio e tentaram intervir, mas não conseguiram evitar o crime. O caso está sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios.

Glauco ficou conhecido por suas charges publicadas desde 1977 no jornal Folha de S.Paulo

O crime - Glauco e Raoni foram mortos em março de 2010 no sítio onde o cartunista morava, em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo. Após ser reconhecido pela mulher de Glauco, uma das testemunhas do crime, Cadu confessou os assassinatos. A investigação da Polícia apontou que ele estava em surto psicótico, que teria sido agravado pelo consumo de drogas. O contato de Cadu com a família ocorreu pela Igreja Céu de Maria, fundada pelo cartunista e que segue rituais do Santo Daime, entre eles um com o uso de chá alucinógeno. O assassino foi considerado não responsável pelos seus crimes, em 2011. A princípio, foi levado para um complexo médico penal no Paraná, e depois transferido para Goiânia. Apesar de se livrar da responsabilidade pelos crimes contra Glauco e Raoni, Cadu voltou a ser preso em 2014, após cometer dois latrocínios em Goiânia, pelos quais foi condenado a 61 anos de prisão.

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