Presos fizeram
buracos nas paredes e destruíram as celas
Após o fim da rebelião, dois
presos foram encontrados mortos em uma varredura da polícia e do Grupo de
Intervenção Rápida (GIR) no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Putim, em
São José dos Campos (SP). O pente-fino ocorreu na noite desta quinta-feira (26)
após motim que durou 10 horas e teve um agente penitenciário refém. Os internos
achados mortos não haviam sido identificados até a publicação desta reportagem,
mas segundo informações, seriam detentos da 'ala do seguro' - neste local
normalmente ficam abrigados presos que cometeram crimes graves, como estupro ou
homicídio contra crianças. A circunstância das mortes não foi informada pela
Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Os familiares das vítimas
serão avisados pela pasta. O CDP de São José dos Campos está superlotado. O
presídio tem capacidade para 525 detentos e abriga atualmente 1.172.
Presos fizeram
rebelião nesta quinta
Reivindicações - Além dos assassinatos
e de terem mantido um refém, os detentos destruíram celas, fizeram buracos nas
paredes e queimaram colchões durante o motim. Eles reivindicaram melhorias ao
Estado - entre as reclamações estão a comida oferecida, considerada de má
qualidade; a suposta ausência de critérios para a transferência de presos; a
superlotação e o tratamento aos visitantes. A SAP nega os problemas.
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