sexta-feira, 27 de maio de 2016

Após rebelião, presos são achados mortos no CDP de São José

Detentos ocuparam os pátios dos pavilhões durante rebelião no CDP do Putim (Foto: Reprodução/ TV Vanguarda)
Presos fizeram buracos nas paredes e destruíram as celas

Após o fim da rebelião, dois presos foram encontrados mortos em uma varredura da polícia e do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Putim, em São José dos Campos (SP). O pente-fino ocorreu na noite desta quinta-feira (26) após motim que durou 10 horas e teve um agente penitenciário refém. Os internos achados mortos não haviam sido identificados até a publicação desta reportagem, mas segundo informações, seriam detentos da 'ala do seguro' - neste local normalmente ficam abrigados presos que cometeram crimes graves, como estupro ou homicídio contra crianças. A circunstância das mortes não foi informada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Os familiares das vítimas serão avisados pela pasta. O CDP de São José dos Campos está superlotado. O presídio tem capacidade para 525 detentos e abriga atualmente 1.172.

Presos fazem rebelião na manhã desta quinta (26) (Foto: Érika Sousa/Vanguarda Repórter)
Presos fizeram rebelião nesta quinta

Reivindicações - Além dos assassinatos e de terem mantido um refém, os detentos destruíram celas, fizeram buracos nas paredes e queimaram colchões durante o motim. Eles reivindicaram melhorias ao Estado - entre as reclamações estão a comida oferecida, considerada de má qualidade; a suposta ausência de critérios para a transferência de presos; a superlotação e o tratamento aos visitantes. A SAP nega os problemas.

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