Frigoríficos precisam
comprovar que animais tem condições mínimas de saúde
A interrupção no abate de animais
por dois frigoríficos no município de Miguel Calmon, no centro-norte baiano,
foi recomendada pelo MP-BA (Ministério Público da Bahia). Jegues, equídeos,
mulas, jumentos e outros animais do gênero não devem mais ser abatidos no
município. Segundo o órgão, os frigoríficos precisam comprovar que os animais
que mantêm são levados para pastagem com água, tem alimento à disposição,
tratamento e abrigo adequados. Os estabelecimentos precisam ainda provar, por
meio de laudos técnicos, que o manejo dos animais e da planta frigorífica não
causou danos ou maus-tratos a cerca de 300 jumentos que já foram abatidos no
município. Até o final deste ano, estava previsto o abate de dois mil animais.
A carne seria usada para consumo animal e o couro seria exportado para a china.
A recomendação foi assinada menos de uma semana após a ADAB (Agência de Defesa
Agropecuária da Bahia), regulamentar o abate inspecionado de equídeos. O prazo
para comprovar as exigências é de 48 horas a partir do recebimento da
recomendação. Os frigoríficos devem apresentar as guias de trânsito dos animais
e os exames sanitários relativos aos jegues custodiados nas dependências do
frigorífico ou do fazendeiro fornecedor. Os frigoríficos não são obrigados a
cumprir a decisão, já que se trata apenas de uma recomendação do órgão, mas o
Ministério Público destaca que pode entrar com uma ação civil pública contra os
frigoríficos, que poderão sofrer responsabilização civil, administrativa e até
criminal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário