Após seis dias de julgamento, o
Senado decide nesta quarta-feira (31) se a presidente afastada Dilma Rousseff
cometeu crime de responsabilidade e deve ser afastada definitivamente do cargo.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski,
que também comanda o julgamento do impeachment, marcou para as 11h desta quarta
a votação final do processo de impeachment da petista. O horário foi definido
após acordo com senadores na sessão desta terça (30). Para o impedimento
definitivo de Dilma, são necessários ao menos 54 votos entre os 81 senadores. Antes
da votação, outros 4 senadores poderão se manifestar, sendo 2 a favor do
impeachment e 2 contra, por no máximo 5 minutos cada um. O tempo poderá ser
dividido por mais senadores, se houver acordo entre eles. Diferentemente de
votações sobre propostas legislativas, os líderes partidários não poderão
orientar os parlamentares como votar. Os senadores a favor do impeachment
deverão votar "Sim" e os senadores contrários "Não". A
votação será aberta e cada senador terá a opção registrada no painel
eletrônico. Após o fim da votação, Lewandowski escreve e lê a sentença e pedirá
que todos os senadores a assinem. O documento será publicado na forma de uma
resolução. A acusação e a defesa serão informadas oficialmente do resultado e o
presidente interino Michel Temer comunicado. Se Dilma for absolvida, ela será
imediatamente reabilitada ao mandato, do qual está afastada desde maio, voltando
ao exercício do cargo. Se for condenada, fica destituída e impedida de
concorrer a qualquer cargo político pelos próximos 8 anos.
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