Quatro meses após um assassinato
cruel e covarde, que abalou e indignou a população da cidade de Acopiara, na
região Centro-Sul do Ceará, as autoridades da Segurança Pública, do Ministério
Público Estadual e da Justiça ainda não vieram a público dar uma resposta à
sociedade e aos familiares da vítima, uma jovem mãe de apenas 21 anos. O crime
ocorreu na noite de 4 de maio, quando Karina Firmino foi baleada na porta de
casa por pistoleiros contratados para o “serviço”. Investigações policiais
realizadas em sigilo pelo Núcleo de Homicídios da Delegacia Regional de Juazeiro
do Norte, sob o comando do delegado Cícero Giovani de Aquino, já teriam
apontado os envolvidos no crime, isto é, mandantes, intermediários e executores
do assassinato. Contudo, inexplicavelmente, o resultado do trabalho policial
está engavetado a “sete chaves”, supostamente, por conveniência política. Pelo
menos, um dos principais suspeitos do crime é membro de uma família de
políticos de Acopiara. Trata-se de um soldado da Polícia Militar que é sobrinho
do atual prefeito e postulante à reeleição de Acopiara, Doutor Vilmar Félix
(PDT). O PM surge nas investigações quando a Polícia descobre que ele mantinha
um caso extraconjugal com a vítima. O
militar é casado com uma escrivã da Polícia Civil e esta aparece também como
principal suspeita de ser a mandante do crime de pistolagem.
Um filho - Ao descobrir que o
marido (PM) estava tendo um caso com Karine Firmino, a escrivão teria passado a
fazer ameaças de morte à jovem que, meses depois, acabou eliminada sumariamente
pelos pistoleiros. Quando foi morta, Karina tinha dado à luz, poucos meses
antes, ao filho que teve como fruto do relacionamento com PM. Exame de DNA já
comprovado, e homologado pela Justiça, atestou que o filho que Karina deixou é
também filho do soldado. O militar – que foi transferido para o Quartel de
Iguatu após o assassinato da amante – já assumiu a paternidade da criança e,
inclusive, começou a pagar pensão alimentícia. Como sobrinho do prefeito e
candidato, o soldado e sua esposa estariam "protegidos", pelo menos,
até o fim da campanha eleitoral. Contudo, há informações extra-oficiais de que
a investigação avançou e já identificou outras pessoas na trama criminosa,
entre elas, um funcionário com cargo de confiança na Prefeitura de Acopiara e
integrante da equipe do gabinete prefeito. Outra informação dá conta de que os
assassinos já são conhecidos como pessoas envolvidas em crimes em Acopiara e na
região e que, pela interferência política, são temidos e contam com a cobertura
de familiares. Atualmente, o inquérito permanece nas mãos da Polícia Civil
enquanto estaria sendo concluído um exame de perícia no telefone celular da
vítima. Na cidade, as pessoas ainda
demonstram revolta diante da impunidade dos criminosos, que desfilam pelas ruas
fazendo campanha política, rindo e ignorando a dor da jovem assassinada.
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