segunda-feira, 3 de outubro de 2016

“ADMIRADOR SECRETO” - Crianças são internadas após comerem doces envenenados

Uma mulher e seus dois filhos foram envenenados após comerem bombons em Jaú, no interior de São Paulo. Os bombons haviam sido entregues na casa da família por um mototaxista. A mãe está bem, mas as crianças continuam internadas na Santa Casa da cidade. Uma delas está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Foram entregues um buquê de flores, um pacote de bombons e um bilhete com os dizeres: "Bom dia, princesa Camila. Que seu dia seja tão maravilhoso quanto o seu sorriso. Me permita sentir o sabor desse chocolate em seus lábios".  Assinado Walter Hass. No rodapé do bilhete, havia um número de telefone.
Quem recebeu a encomenda, foi a prima da vítima. As duas pensaram que se tratava de um admirador secreto. Ana Camila Rosa saiu do trabalho e foi correndo para casa. Sem suspeitar de nada, a cuidadora de idosos dividiu os bombons com os filhos, de dois e seis anos.
Cerca de 40 minutos depois, o ex-marido de Camila, pai do filho mais novo, foi até a casa dela. Desesperado com o que viu, ele pediu ajuda. Segundo o homem, uma das crianças estava jogada no sofá; a outra, delirando e segurando no braço do sofá; e Camila caída no chão.
Mãe e filhos foram levados ao hospital com sintomas de intoxicação grave. Durante os exames, o médico coletou material gástrico. A análise deste material indicou a presença de chumbinho — veneno usado para matar ratos.
Camila foi liberada três horas depois. As crianças continuam internadas, sem previsão de alta. Ela e o ex-marido levaram os presentes para a delegacia. Quando soube da gravidade do caso, o mototaxista que fez a entrega se apresentou à polícia. Ele disse que não sabia do se tratava a encomenda.
De acordo com a polícia, a motivação do crime é ciúme. A suspeita foi indiciada por tentativa de homicídio. Apesar de a polícia ter encontrado a responsável pelo crime, ela não ficou presa por causa da lei eleitoral, que só permite a prisão de pessoas em flagrante cinco dias antes e dois depois da eleição.
A polícia disse que, depois de ouvir testemunhas, chegou até a suspeita, de 34 anos. No celular dela, a polícia encontrou pesquisas sobre como produzir chocolate com veneno para rato e sobre qual dose seria letal para uma pessoa. Camila diz não saber o que teria motivado o crime.

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