
Uma mulher e seus dois filhos
foram envenenados após comerem bombons em Jaú, no interior de São Paulo. Os
bombons haviam sido entregues na casa da família por um mototaxista. A mãe está
bem, mas as crianças continuam internadas na Santa Casa da cidade. Uma delas
está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Foram entregues um buquê de
flores, um pacote de bombons e um bilhete com os dizeres: "Bom dia,
princesa Camila. Que seu dia seja tão maravilhoso quanto o seu sorriso. Me
permita sentir o sabor desse chocolate em seus lábios". Assinado Walter Hass. No rodapé do bilhete,
havia um número de telefone.
Quem recebeu a encomenda, foi a
prima da vítima. As duas pensaram que se tratava de um admirador secreto. Ana
Camila Rosa saiu do trabalho e foi correndo para casa. Sem suspeitar de nada, a
cuidadora de idosos dividiu os bombons com os filhos, de dois e seis anos.
Cerca de 40 minutos depois, o
ex-marido de Camila, pai do filho mais novo, foi até a casa dela. Desesperado
com o que viu, ele pediu ajuda. Segundo o homem, uma das crianças estava jogada
no sofá; a outra, delirando e segurando no braço do sofá; e Camila caída no
chão.
Mãe e filhos foram levados ao
hospital com sintomas de intoxicação grave. Durante os exames, o médico coletou
material gástrico. A análise deste material indicou a presença de chumbinho —
veneno usado para matar ratos.
Camila foi liberada três horas
depois. As crianças continuam internadas, sem previsão de alta. Ela e o
ex-marido levaram os presentes para a delegacia. Quando soube da gravidade do
caso, o mototaxista que fez a entrega se apresentou à polícia. Ele disse que
não sabia do se tratava a encomenda.
De acordo com a polícia, a
motivação do crime é ciúme. A suspeita foi indiciada por tentativa de
homicídio. Apesar de a polícia ter encontrado a responsável pelo crime, ela não
ficou presa por causa da lei eleitoral, que só permite a prisão de pessoas em
flagrante cinco dias antes e dois depois da eleição.
A polícia disse que, depois de
ouvir testemunhas, chegou até a suspeita, de 34 anos. No celular dela, a
polícia encontrou pesquisas sobre como produzir chocolate com veneno para rato
e sobre qual dose seria letal para uma pessoa. Camila diz não saber o que teria
motivado o crime.
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