Ex-inspetores da
Polícia Civil Márcio e Anderson
A Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário concluiu o
processo administrativo disciplinar instaurado em setembro de 2011 e o
Governador Camilo Santana expulsou dois inspetores dos quadros da Polícia
Civil. Francisco Márcio Correia Cruz e Anderson Soares Pimenta foram presos em
Juazeiro do Norte sob a acusação de crimes de agressões, ameaças e extorsão no
exercício de suas atividades na Delegacia Regional de Polícia Civil de Crato.
De acordo com os autos, Cícero
Edvan de Oliveira Lima estava em uma lanchonete na Praça Siqueira Campos em
Crato com duas amigas quando foi abordado por um inspetor da polícia civil e
pelo ex-PM José Erasmo Gomes de Moraes. De maneira violenta o conduziram á
delegacia de onde ligaram para os Inspetores Márcio e Anderson que investigavam
procedimentos que envolviam Edvan por crimes de estelionato e até existia um
mandado de prisão em aberto contra o mesmo.
O problema é que a ação policial
teve o objetivo de exigir vantagens indevidas perante o preso diante da
promessa de aliviar a sua situação. Os policiais exigiram quatro notebooks e um
deles ainda chegou a ser entregue ao ex-PM Erasmo. Imagens captadas e anexadas
ao Inquérito Policial (IP) mostram agressões e as ameaças quando terminam
indiciados no inquérito o qual terminou convertido em Ação que tramita na 4ª
Vara Criminal da Comarca de Crato. O primeiro inspetor envolvido já tinha sido
exonerado da Polícia Civil à pedido.
Os Inspetores Márcio e Anderson
foram presos juntamente com o ex-policial militar Erasmo durante o cumprimento
de 20 mandados judiciais no dia 2 de dezembro de 2010 na “Operação Terremoto”
com o apoio da Polícia Federal. No mesmo dia embarcaram para Fortaleza numa
aeronave contratada pelo Governo do Estado. Erasmo já tinha sido expulso da PM
em 2002 e foi preso no Parque Antonio Vieira em Juazeiro. Márcio foi preso na
Delegacia de Iguatu e Anderson em sua residência no Parque São Geraldo em
Juazeiro.
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