quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PRESÍDIO FEDERAL - Suspeito de ordenar homicídios dentro de unidades prisionais é transferido

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Investigado por mais de 12 homicídios que aconteceram dentro e fora de unidades prisionais de Fortaleza e Região Metropolitana, Silas Ferreira de Aquino, de 29 anos, foi transferido para o Presídio Federal de Porto Velho, nesta quarta-feira, 5. Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), Silas responde na Justiça por associação criminosa, roubo, extorsão, tráfico de drogas e homicídio. Conforme o órgão, o Ceará tem 39 internos em presídios federais. 
Segundo a Delegacia da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a investigação contra Silas começou quando ele surgiu como sucessor do Renan Rodrigues Pereira, um dos traficantes que desencadeou, em 2013, a investigação acerca de venda de liminares que envolvia desembargadores. 
Renan foi preso pela Delegacia de Narcóticos. O traficante foi transferindo para um presídio federal, o que abriu espaço para que outros traficantes assumissem o comando no comércio ilegal de tráfico de drogas no Jardim das Oliveiras.
Conforme a delegacia, Silas controla o tráfico nos conjuntos Tasso Jereissati, Tancredo Neves e Comunidade do Cinquentinha (todos dentro do Jardim das Oliveiras), além de ter atuação na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele seria mandante de diversos homicídios, enquanto interno em unidades prisionais cearenses. 

Chacina da Cinquentinha  - Silas era investigado pela morte dos acusados do crime conhecido como Chacina do Cinquentinha, que aconteceu no bairro Luciano Cavalcante e deixou três pessoas mortas e uma baleada, no dia 30 de agosto de 2015. Suspeito de participação na chacina, Carlos Alexandre Alberto da Silva, o Castor, foi preso pela DHPP com um fuzil, pistola e munição. No entanto, no dia 22 de dezembro, Castor foi encontrado morto na Unidade Prisional Luciano Andrade Lima.
No mês de maio deste ano, Luan Brito da Silva e o Roberto Bruno Agostinho da Silva, que também estavam presos suspeitos de participação na Chacina do Cinquentinha, foram mortos com mais 12 detentos, nas rebeliões que aconteceram no mês de maio, durante a greve dos agentes penitenciários, sendo Luan o filho de Castor.  

Guerra do tráfico - Silas foi indiciado em pelo menos quatro homicídios durante uma investigação que durou seis meses. No entanto, o homem é investigado por pelo menos 12 crimes de homicídio.   Durante a guerra entre a comunidade do Cinquentinha e a do Tasso, foram 34 integrantes de ambas as quadrilhas presos e 22 armas apreendidas, inclusive o fuzil que foi encontrado com o Castor e a arma banhada a outro, além de 70 quilos de droga.

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