Investigado por mais de 12
homicídios que aconteceram dentro e fora de unidades prisionais de Fortaleza e
Região Metropolitana, Silas Ferreira de Aquino, de 29 anos, foi transferido
para o Presídio Federal de Porto Velho, nesta quarta-feira, 5. Segundo a Secretaria
da Justiça e Cidadania (Sejus), Silas responde na Justiça por associação
criminosa, roubo, extorsão, tráfico de drogas e homicídio. Conforme o órgão, o
Ceará tem 39 internos em presídios federais.
Segundo a Delegacia da Divisão de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a investigação contra Silas começou
quando ele surgiu como sucessor do Renan Rodrigues Pereira, um dos traficantes
que desencadeou, em 2013, a investigação acerca de venda de liminares que
envolvia desembargadores.
Renan foi preso pela Delegacia de
Narcóticos. O traficante foi transferindo para um presídio federal, o que abriu
espaço para que outros traficantes assumissem o comando no comércio ilegal de
tráfico de drogas no Jardim das Oliveiras.
Conforme a delegacia, Silas controla
o tráfico nos conjuntos Tasso Jereissati, Tancredo Neves e Comunidade do
Cinquentinha (todos dentro do Jardim das Oliveiras), além de ter atuação na
Região Metropolitana de Fortaleza. Ele seria mandante de diversos homicídios,
enquanto interno em unidades prisionais cearenses.
Chacina da Cinquentinha - Silas era investigado pela morte dos
acusados do crime conhecido como Chacina do Cinquentinha, que aconteceu no
bairro Luciano Cavalcante e deixou três pessoas mortas e uma baleada, no dia 30
de agosto de 2015. Suspeito de participação na chacina, Carlos Alexandre Alberto
da Silva, o Castor, foi preso pela DHPP com um fuzil, pistola e munição. No
entanto, no dia 22 de dezembro, Castor foi encontrado morto na Unidade
Prisional Luciano Andrade Lima.
No mês de maio deste ano, Luan
Brito da Silva e o Roberto Bruno Agostinho da Silva, que também estavam presos
suspeitos de participação na Chacina do Cinquentinha, foram mortos com mais 12
detentos, nas rebeliões que aconteceram no mês de maio, durante a greve dos
agentes penitenciários, sendo Luan o filho de Castor.
Guerra do tráfico - Silas foi
indiciado em pelo menos quatro homicídios durante uma investigação que durou
seis meses. No entanto, o homem é investigado por pelo menos 12 crimes de
homicídio. Durante a guerra entre a
comunidade do Cinquentinha e a do Tasso, foram 34 integrantes de ambas as
quadrilhas presos e 22 armas apreendidas, inclusive o fuzil que foi encontrado
com o Castor e a arma banhada a outro, além de 70 quilos de droga.
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