Controladoria Geral
requisitou à Pefoce nova perícia no local onde bandidos morreram
Um ano depois de um confronto
entre bandidos e policiais militares, que terminou na morte de cinco pessoas e
ferimentos em três PMs, no Município de Redenção (a 52Km de Fortaleza), o caso
volta à tona. Por solicitação da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos
da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário do Ceará (CGD), uma nova
perícia foi realizada nesta quarta-feira (23) no local do tiroteio.
Uma equipe de peritos criminais
da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) estiveram, ontem, no lugarejo
conhecido como Faís, no Sítio Olho D’Água da Bananeira, um local de difícil
acesso na Serra do Vento, Distrito de Antônio Diogo. O objetivo foi tentar
colher provas ou indícios sobre o que ocorreu no tiroteio ocorrido na madrugada
de 27 de novembro do ano passado.
O caso, que teria sido
investigado pela Polícia Civil, agora é objeto de apuração por parte da CGD,
que quer saber sobre a conduta da Polícia Militar no episódio. Conforme
denúncias de moradores do local e de familiares de algumas das cinco vítimas,
três pessoas inocentes teriam sido mortas pela Polícia.
Durante o tiroteio que se
estabeleceu no local, morreram Marcos Alessandro Arcelino da Silva, Jardeline
Alexandre de Sousa, Raimundo Nonato Coelho de Andrade, Pedro Antônio do
Nascimento e Manoel Alves de Sousa. O primeiro seria um bandido de altíssima
periculosidade envolvido em assaltos e tráfico de drogas e que seria o chefe de
uma quadrilha. Dias antes, Alessandro, conhecido como “Praiano”, havia trocado
tiros com policiais do Destacamento da PM de Antônio Diogo. Dois dias depois, durante seu velório, no
bairro Boa-Fé, em Redenção, bandidos
rivais invadiram a residência dos pais dele e queimaram o caixão com o corpo. Além disso,
filmaram a ação criminosa e postaram nas redes sociais.
No confronto com a PM, a namorada de “Praiano”, Jardeline
Alexandre de Sousa”, também morreu. No local, os policiais apreenderam várias
armas de fogo, entre elas, uma escopeta calibre 12, uma pistola, revólveres,
munições e drogas.
Inocentes - Dias depois do fato,
moradores de Antônio Diogo denunciaram que as outras três pessoas mortas no
incidente não eram bandidos e, sim, teriam sido rendidas pelo assaltante e
traficante quando este se viu cercado pela PM, portanto, teriam morridos como
inocentes Tais denúncias seriam o motivo para que o caso passasse a ser apurado
pela CGD.
Na ocasião, dois PMs ficaram
feridos . Um deles levou um tiro na perna. Outro foi baleado nas nádegas e
ambos transferidos para Fortaleza em ambulâncias. Um terceiro militar somente
não foi também lesionado no tórax porque o tiro atingiu o colete à prova de
balas que ele utilizava na hora do embate com os marginais.
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