
Uma semana após a heróica
classificação diante dos argentinos do San Lorenzo, a Chapecoense viajava para
Medellín, onde faria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana. No
total, 19 jogadores, além da delegação técnica e de convidados, bem como de 20
jornalistas e cinco tripulantes embarcaram em um voo fretado da empresa boliviana
LaMia em 29 de novembro.
Ao se aproximar do aeroporto de
Rionegro, o destino final na Colômbia, o avião acusou falta de combustível por
conta da opção do piloto e acionista da companhia aérea, Miguel Quiroga, de não
fazer uma parada para reabastecimento ao longo da viagem.
Quiroga pediu urgência para pouso
inicialmente sem especificar as razões. Ele precisou dar algumas voltas no ar
enquanto se comunicava com a torre de comando até que a aeronave entrou em pane
total e se chocou com uma montanha. O acidente causou a morte de 71 pessoas e
deixou seis sobreviventes: os jogadores Neto, Jackson Follmann e Alan Ruschel,
o jornalista Rafael Henzel e os comissários Erwin Tumiri e Ximena Suarez
Otterburg.
CULPADOS - As autoridades bolivianas divulgaram
resultados preliminares das investigações, que confirmam a tese de falta de
combustível como causa do acidente, bem como irregularidades no procedimento
que culminou com a autorização para que o avião decolasse.
RECUPERAÇÃO - Dos seis
sobreviventes, cinco já tiveram alta hospitalar - permanece internado o goleiro
Jackson Follmann, que teve a perna direita amputada e se prepara para receber
uma prótese, o que deve ocorrer em cerca de dez dias.
CHAPECOENSE - Ainda em luto, a
Chapecoense trabalha para reconstruir seu departamento de futebol. O clube
contratou o técnico Vagner Mancini e mais quatro jogadores até o momento:
goleiro Elias (Juventude), o zagueiro Douglas Grolli (Cruzeiro), o meia Dodô
(Atlético-MG), e o atacante Rossi (Goiás). A expectativa é que 99% do elenco
esteja à disposição até 10 de janeiro. Considerada campeã da Sul-Americana, a
equipe disputará a Libertadores de 2017.
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