![Polícia faz revistde presos (Foto: Adriano Abreu/Tribuna do Norte)](http://s2.glbimg.com/_g5tWoAS-pivRTQtp8uQBlAXlFs=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2017/01/15/presos-tnok.jpg)
Polícia faz revista
em presos no RN
Vinte e seis presos morreram na
rebelião da Penitenciária de Alcaçuz que já é a mais violenta da história do
Rio Grande do Norte. Quase todos foram decapitados. O motim começou na tarde do
último sábado (14) e terminou 14h depois já na manhã deste domingo (15). Este
já é o terceiro caso de dezenas de mortes em penitenciárias no país em 2017 -
no começo de janeiro ocorreram os massacres no Amazonas e Roraima.
Mais cedo, havia sido divulgado
que 27 presos morreram, mas, segundo o governo do estado, um deles foi
computado duas vezes por que alguns corpos foram esquartejados e dois foram
carbonizados.
A Secretaria de Justiça disse que
os líderes identificados estão isolados dentro da unidade prisional e espera
que na segunda seja feita a transferência de presos para outras unidades no
próprio estado. O objetivo é separar duas facções: Sindicato do Crime e PCC.
Os corpos foram levados para o
Instituto de Técnico-Científico de Polícia (Itep) para que seja feita a identificação,
mas, por questões de segurança, seguiram de lá até o quartel da PM. Um caminhão
frigorífico foi alugado para armazenar os corpos enquanto não acontece a
liberação para os sepultamentos. Além disso, legistas do Ceará e da Paraíba
foram deslocados para ajudar no trabalho de identificação. Alguns presos, além
de decapitados, também foram esquartejados.
A identificação dos corpos deve
acontecer a partir de segunda-feira. Nenhum dos mortos foi identificado por
enquanto.
![Corpos foram levados para o Instituto de Técnico-Científico de Polícia (Itep) (Foto: Emmily Virgílio/Inter TV Cabugi )](http://s2.glbimg.com/IUaFrqHPhzSPq_OdI6008jOvPMU=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2017/01/15/whatsapp_image_2017-01-15_at_17.51.161.jpeg)
Corpos foram levados
para o Instituto de Técnico-Científico de Polícia
Nove presos que estavam com
ferimentos graves foram transferidos para o Pronto-socorro Clóvis Sarinho, em
Natal. De acordo com a direção do hospital, nenhum deles corre risco de morte,
mas não há previsão de alta.
O Governo do Estado informou que
identificou pelo menos seis líderes da rebelião e que vai pedir a
transferências dos líderes para presídios federais. Outros detentos podem ser
transferidos para outras unidades prisionais do estado.
A Penitenciária de Alcaçuz,
segundo o governo, ficou parcialmente destruída e não há previsão para
reconstrução.
![presos, detentos, penitenciária, presídio, Alcaçuz, rn, rio grande do norte (Foto: Fred Carvalho/G1)](http://s2.glbimg.com/uzdmv7rDOjkBdokqXKEG-1lSYEQ=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2017/01/15/rn3.jpg)
Presos
amanheceram telhado de pavilhões
Sobre a rebelião - A rebelião
começou com uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 por volta das 17h de
sábado (14). De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários, homens em um
carro se aproximaram do presídio antes da rebelião e jogaram armas por sobre o
muro.
Segundo o governo, a briga estava
restrita aos dois pavilhões. O pavilhão 5 é o presídio Rogério Coutinho
Madruga, que fica anexo a Alcaçuz. Há separação entre presos de facções
criminosas entre os dois presídios.
De acordo com a Sejuc, os
próprios presos desligaram a energia do local e, com isso, os bloqueadores de
celulares da unidade prisional deixaram de funcionar. Durante a madrugada foram
ouvidos tiros dentro da unidade prisional e muita fumaça era vista no local.
Rebeliões e fugas - A última
rebelião em Alcaçuz foi registrada em novembro de 2015. Houve quebra-quebra
após a descoberta de um túnel escavado a partir do pavilhão 2. Mais de 100
presos conseguiram escapar do presídio no ano passado, em 14 fugas. A maioria
deixou o presídio por meio de túneis escavados a partir dos pavilhões ou por
buracos abertos no pé do muro, sempre sob uma guarita desativada ou sem
vigilância.
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