
Passar até 40 anos encarcerada em
um presídio estrangeiro, com direito a poucas visitas e sujeito a mudanças de
lei que podem restabelecer a pena de morte. Esses são os riscos que traficantes
correm tentando entrar com drogas nas Filipinas.
Foi o que aconteceu com a
brasileira Yasmin Fernandes Silva, em outubro do ano passado. A jovem de 20
anos conseguiu burlar a fiscalização do Aeroporto Internacional de Guarulhos,
em São Paulo e embarcou com seis quilos de cocaína. Também passou sem problemas
pela escala em Dubai, nos Emirados Árabes. O flagrante só aconteceu no destino
final, Manila, capital das Filipinas, onde está presa há três meses.
Outras mulas, como são chamadas
as pessoas que transportam drogas para traficantes, acabam presas antes mesmo
do embarque. No ano passado, 13 foram flagradas tentando embarcar justamente
para as Filipinas. No total, elas carregavam quase 70 quilos de cocaína.
O número de flagrantes mais que
dobrou em relação a 2015 e o país asiático se tornou o quarto principal destino
dos traficantes que saem do aeroporto mais movimentado do país, atrás apenas da
Nigéria (33 presos), da África do Sul (28 presos) e dos Emirados Árabes (15
presos).
Yasmin foi seduzida pela chance
de ganhar R$ 15 mil com o transporte de cocaína às Filipinas, que endureceu o
combate ao tráfico de drogas. Desde que Rodrigo Duterte se tornou presidente em
julho do ano passado, mais de seis mil pessoas ligadas ao tráfico de drogas
foram mortas.
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