
Presos se rebelaram
na tarde deste sábado (14) na Penitenciária de Alcaçuz, maior presídio do RN
Pelo menos dez presos foram
assassinados durante uma briga entre facções criminosas na Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, localizada em Nísia Floresta (região metropolitana de
Natal - RN), que começou na tarde deste sábado (14). Não há registro de fugas
ou reféns.
No início da noite, a Coape
(Coordenação de Administração Penitenciária) havia confirmado a decapitação de
três presos a partir de imagens divulgadas pela polícia em que podem ser vistas
três cabeças que foram jogadas na área externa da unidade prisional. Os presos mortos
ainda não foram identificados.
Segundo o governo do RN, a
rebelião teve início por volta das 17h (18h no horário de Brasília), quando
presos do pavilhão 5, chamado de Presídio Rogério Madruga Coutinho, invadiram o
pavilhão 4 para matar rivais. O Bope (Batalhão de Operações Especiais) está no
local tentando controlar a situação. A rebelião não atingiu os pavilhões 1, 2 e
3.
Superlotação - Maior presídio do
Estado, Alcaçuz está superlotado. Com capacidade para 620 internos, conta
atualmente com cerca de 1.200 presos. A penitenciária custodia presos das facções
criminosas Sindicato do Crime do RN e PCC (Primeiro Comando da Capital).
Crise - O sistema penitenciário
do Rio Grande do Norte enfrenta uma crise na segurança desde o ano passado. O
domínio de facções criminosas que agem dentro e fora das unidades prisionais do
RN se intensificou desde o mês de março de 2015, quando os presos organizaram
uma onda de rebeliões, depredaram as celas e ficaram soltos, todos misturados,
nos pavilhões dos presídios do Estado.
Em agosto do ano passado, presos
do PEP (Presídio Estadual de Parnamirim) se rebelaram e organizaram uma série
de ataques criminosos em Natal e cidades do interior do Estado depois que
tiveram o sinal de telefone celular bloqueado. As lideranças dos ataques são
facção criminosa Sindicato do Crime do RN. A série de ataques incendiou 32
ônibus em todo o Estado.


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