quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

DETENTOS TRANSFERIDOS - Choque retira 220 presos de Alcaçuz para acabar com rebelião

Tropa de Choque invade penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte (Foto: Reprodução/GloboNews)
Tropa de Choque invade penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte

O Batalhão de Choque da Polícia Militar e agentes penitenciários entraram na tarde desta quarta-feira (18) na Penitenciária de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte. A missão foi retirar 220 presos e transferi-los para a Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), que assim como Alcaçuz fica na região Metropolitana da capital potiguar. No final da noite da segunda (16), cinco detentos apontados como líderes de uma facção criminosa já haviam sido retirados.
No local, 26 detentos morreram durante uma rebelião no final de semana. Destes, segundo o governo, 15 foram decapitados. Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.
A remoção dos presos é uma nova tentativa de o Estado retomar o controle da unidade. Para a retirada dos detentos o governo usou quatro ônibus de turismo locados.
O pavilhão 1 e 2 foram invadidos pela PM e pelos agentes e bombas de efeito moral detonadas. Segundo a assessoria de comunicação da PM, a penitenciária foi 'toda apaziguada'.
Por volta das 17h, mulheres de presos atearam fogo em alguns objetos em frente à penitenciária para tentar impedir a transferência dos detentos. A polícia dispersou o tumulto com disparos de balas de borracha.

Mulheres de presos tentam impedir transferência em Alcaçuz (Foto: Fred Carvalho/G1)
Mulheres tentam impedir transferência de presos em Alcaçuz

Mais cedo  - Quatro ônibus com detentos deixaram a Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP) por volta das 10h20 desta quarta. Eles foram levados para o Presídio Provisório Raimundo Nonato, na Zona Norte de Natal. A Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi palco de uma rebelião de mais de 14 horas entre o final da tarde do sábado e a manhã domingo (15), quando 26 detentos foram mortos. Desde então a situação é tensa na unidade.

Foto: (Josemar Gonçalves/Reuters)

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