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Antes da polêmica,
recifense Daniela Martins já publicava fotos para incentivar outras mulheres a
usarem qualquer tipo de roupa
A estudante recifense Daniela
Martins, de 21 anos, vem sendo alvo de agressões virtuais e ameaças após uma de
suas postagens nas redes sociais, falando sobre aceitação do próprio corpo,
viralizar. Até a manhã desta quarta-feira (4), a publicação com uma foto nua
somava mais de 64 mil curtidas e 16,5 mil compartilhamentos. Devido às
agressões, a jovem pretende ir ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ainda
nesta quarta.
Até o Natal do ano passado, as
fotos de Daniela repercutiam na internet de forma ampla, mas positiva. Fora do
“padrão feminino imposto”, ela buscava incentivar outras mulheres a enxergar
beleza independentemente do peso, por meio de fotografias e palavras afetivas.
Foi após a publicação de uma foto sem roupa, no dia 27 de dezembro, que
começaram a surgir as agressões, xingamentos e ameaças físicas à jovem.
A polêmica, segundo a estudante
de ciências biológicas, já era esperada, mas não na proporção atual. “O
problema começou quando um menino me criticou pela foto e eu discuti com ele.
Depois, a minha publicação chegou num grupo em que as pessoas me agrediram
verbalmente e me ameaçaram”, conta a estudante. Segundo ela, alguns dos
usuários disseram que sabiam os principais locais de circulação de Daniela e
iriam agredi-la fisicamente.
"Eu me senti
ameaçada, sim, mas todo ódio que chegar vou reverter em amor"
A jovem chegou a procurar a
polícia em dezembro do ano passado, mas, de acordo com a vítima, o Boletim de
Ocorrência só poderia ser registrado caso as mensagens contendo as agressões
fossem impressas.
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Foto foi publicada no fim do ano
passado e rendeu mais de 60 mil curtidas, além das ameaças
Ainda segundo
Daniela, as postagens não devem parar tão cedo, apesar de a família dela não se
dar conta da dimensão do caso. "Minha irmã é deficiente mental, então não
entende totalmente o que está acontecendo. Minha mãe é empregada doméstica e
pediu para eu não ir atrás dessa história, porque não temos como pagar advogado".
Apesar das dificuldades, ela
demonstra força para encarar a situação da maneira mais sensata possível. “Sei
quem eu sou e entendo o meu papel dentro da minha casa, na minha família e
entre as pessoas com quem convivo, de mostrar que a mulher tem seu valor e que
pode ser o que quiser.
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