O ex-senador Luiz
Estevão, na última aparição pública antes da prisão em Brasília
A Justiça do Distrito Federal
determinou que o ex-senador Luiz Estevão fique isolado no Complexo da Papuda
por “falta disciplinar”. Uma revista na cela do empresário e na cantina do
bloco encontrou “diversos itens proibidos, tais como cafeteira, cápsulas de
café, chocolate, massa importada, dentre outros”.
A defesa de Luiz Estevão disse
que não iria comentar a decisão da Vara de Execuções Penais (VEP). No processo,
a defesa afirmou que não foi encontrado "nada de relevante". A
Secretaria de Segurança Pública diz que a apura a situação. A pasta também
afirmou que decidiu exonerar o diretor da unidade onde ele está preso, o Centro
de Detenção Provisória (CDP), Diogo Ernesto de Jesus. O caso chegou à Justiça
após denúncia anônima.
Reforma - Condenado a 26 anos de
prisão, o ex-senador Luiz Estevão (ex-PMDB) também é acusado pelo Ministério
Público de financiar a reforma do bloco onde cumpre pena. Ex-diretores do
sistema penitenciário também são acusados de serem coniventes. Segundo o MP, a
reforma foi paga por meio de uma empresa de fachada.
Entenda - Luiz Estevão cumpre
pena desde março de 2016. Ele divide cela com o ex-diretor de marketing do
Banco do Brasil Henrique Pizzolato e com o publicitário Ramon Hollerbach, ambos
condenados no escândalo do mensalão.
A condenação foi imposta pela
Justiça de São Paulo, a 31 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa,
estelionato, peculato, formação de quadrilha e uso de documento falso nas obras
do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Como dois dos crimes, quadrilha
e uso de documento falso prescreveram, a pena final caiu para 26 anos.
O político tem direito a duas
horas diárias de banho de sol. Dez pessoas podem se cadastrar para visitá-lo –
nove da família e um amigo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, só
quatro podem entrar por dia de visita. Celas da ala dos vulneráveis têm 21
metros quadrados, um vaso sanitário, um chuveiro com água quente, beliches e
uma mesa de plástico.
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