domingo, 8 de janeiro de 2017

Rebelião em cadeia pública deixa mortos em Manaus

Rebelião em cadeia pública deixa mortos em Manaus (Foto: Luciano Abreu/Rede Amazônica)
Rebelião em cadeia pública deixa mortos em Manaus

Cinco pessoas foram mortas durante uma rebelião na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, neste domingo (8), segundo a secretaria de Administração Penitenciária do estado.
Equipes do Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros estão no local. Ainda de acordo com a secretaria, está sendo realizada uma contagem dos presos. A situação está controlada.

Tumulto na sexta - A penitenciária é a mesma que recebeu detentos transferidos após o massacre em presídios que resultou na morte de 60 pessoas. Houve tumulto no local na tarde de sexta-feira (6). De acordo com a Polícia Militar, os presos reclamam da estrutura do lugar, que abriga mais de 200 na capela e na enfermaria da unidade prisional.
Os detentos queriam ir para o raio B, uma das alas da cadeia que tem 24 celas. As secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária e membros da Defensoria Pública do Estado foram até a cadeia para conversar com os detentos após a confusão. Os presos concordaram em permanecer onde estavam alojados até o término de obras, que estão sendo feitas nas celas do presídio.

Estrutura deteriorada - O número de presos transferidos para a cadeia pública chegou a 284. O local foi desativado em outubro de 2016 por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e foi alvo de críticas do Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
A Cadeia Vidal Pessoa foi reaberta na segunda-feira (2) para a acomodação de presos ameaçados de morte pela facção Família do Norte (FDN). A medida foi adotada de modo emergencial para "preservar vidas".
Devido ao abandono do prédio, o local está com estrutura deteriorada, incluindo as celas, que contém restos de obras e entulho.

Transferência como medida de segurança - O Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) foram as unidades que transferiram os internos à Vidal Pessoa por questões de segurança após as rebeliões no Amazonas.
A medida do governo consistiu em isolar os membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) dos outros presos da facção Família do Norte (FDN), que comandou o massacre que resultou na morte de 56 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no domingo (1º).

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