
Um extenso comboio de ônibus e viaturas do BpChoque
transferiu dezenas de detentos
Dezenas de presos apontados como
de alta periculosidade e integrantes das facções criminosas PCC, Comando
Vermelho (CV), Guardiões do Estado (GDE) e Família do Norte FDN), foram transferidos,
nesta terça-feira (3), de vários
presídios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O remanejamento foi determinado em regime de
urgência pela Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) diante de ameaças de
uma “guerra” entre as quadrilhas.
A operação foi realizada no
começo da tarde na Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Clodoaldo
Pinto, a CPPL 2, no Município de Itaitinga. Dezenas de agentes penitenciários
foram mobilizadas, além da tropa do Batalhão de Policiamento de Choque
(BpChoque). Os detentos foram colocados em vários ônibus e o comboio seguiu
pela BR-116 com o apoio de um helicóptero da Coordenadoria Integrada de
Operações Aéreas (Ciopaer).
A Sejus não informou para quais
locais os presos foram encaminhados, numa medida de segurança. No entanto, em
nota distribuída à Imprensa no começo da noite, destacou que o objetivo das
transferências foi “desarticular as lideranças das facções e prevenir conflitos
nos estabelecimentos penais”.
Manaus - Na verdade, as
transferências realizadas ontem na Grande Fortaleza fazem parte de um conjunto
de medidas estabelecidas pelo Ministério da Justiça em todo o Sistema
Penitenciário brasileiro após a rebelião que deixou cerca de 60 mortos na
principal unidade carcerária do Amazonas. A carnificina em Manaus fez o MJ
emitir um alerta geral para todos os Estados brasileiros para tomar
providências urgentes.
O próprio Governo Federal está
temeroso de que a “guerra” iniciada entre as facções criminosas PCC e Família
do Norte (FDN) na penitenciária de Manaus se estenda pelo País afora, e se transforme num massacre nacional nunca
visto antes no País.
No Ceará, as quatro facções têm
membros dentro dos presídios e a “guerra” iniciada no Estado do Amazonas pode
provocar a repetição das cenas de violência registradas nos presídios da Grande
Fortaleza em maio do ano passado, quando 14 detentos foram mortos em meio a uma
mega-rebelião simultânea em seis unidades do Sistema Penal em Itaitinga,
Aquiraz, Pacatuba e Caucaia. Cinco CPPLs
foram literalmente destruídas pelos amotinados, o que obrigou o governo
estadual a pedir o apoio da Força Nacional de Segurança (FNS) para restabelecer
a ordem no sistema.
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