
'Wolverine' usou
garras e afirma ter sido agredido por policiais em Peruíbe
O funileiro Nelson Araújo, de 48
anos, conhecido como 'Wolverine de Peruíbe', cidade do litoral de São Paulo,
afirma que foi espancado, sem nenhum motivo, por dois policiais. Ele foi detido
na última quarta-feira (4) após, segundo a polícia, tentar agredir um amigo
utilizando garras de aço com mais de 25 centímetros de comprimento.
De acordo com a polícia, Araújo,
que foi solto pouco tempo depois, discutia com o sócio e com um sobrinho em uma
empresa localizada no bairro Jardim Brasil. A PM foi chamada e precisou usar a
força para acalmar o homem, que estaria descontrolado. Ele foi liberado poucas
horas depois já que o familiar não quis formalizar a queixa.
Segundo o funileiro, os policiais
chegaram no local e começaram a bater nele sem nenhum motivo. "Eles me
algemaram e começaram a me bater. Não tive defesa nenhuma. Apanhei sem reagir,
sem fazer nada. A sorte é que o meu filho chegou, senão os caras iam me matar.
Deram soco na minha cara, no meu olho e na costela. Estou todo 'ferrado' e não
consigo trabalhar", desabafa.
Uma sobrinha de Araújo, que
prefere não se identificar, afirma que as garras apreendidas pela polícia são
decorativas. "Ele é uma atração na cidade. Meu tio é apaixonado pelo
Wolverine. Ele usava para ficar parecido com o personagem. É só olhar para o
cabelo e a barba. É igual. Não houve nenhum tipo de ameaça utilizando as
garras".
Após ser levado para a delegacia,
Araujo diz que não teve a oportunidade de prestar depoimento.
Em nota, a Polícia Militar
afirmou que, em 5 de janeiro, os policiais militares durante patrulhamento por
Peruíbe visualizaram um transeunte, com um dispositivo de garras afiadas presos
em sua mão, quando decidiram abordá-lo. O suspeito gritou que era o
"Wolverine" e partiu para cima dos policiais militares na tentativa
de ferilos, porém, foi rapidamente contido pela equipe, e conduzido à Delegacia
de Polícia da Cidade, onde foi feito boletim de ocorrência de ameaça. A nota,
porém, não contesta as acusações do funileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário