
Raio-X mostra agulhas
na cabeça de bebê vítima de suposto ritual em São Pedro da Cipa
A bebê de quatro meses, que
supostamente foi vítima de maus-tratos em um ritual religioso e que está
internada há 49 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa
Casa de Rondonópolis, apresentou uma melhora no quadro de saúde. No ritual,
três agulhas de metal foram colocadas na cabeça do bebê e uma agulha no
abdômen.
Segundo o último boletim de saúde
divulgado pelo hospital, a criança teve parte da agulha do abdômen retirada
pelos médicos. Uma outra agulha, que estava no ouvido da menina, foi removida
durante um procedimento cirúrgico no mês de janeiro. Dessa forma, a criança
continua com duas agulhas na cabeça.
Cinco pessoas foram
responsabilizadas pelos maus-tratos contra a menina, entre elas os pais da
bebê. Todos continuam presos e a mãe está detida em uma unidade para menores
infratores.
A bebê está ganhando peso e
crescendo, tendo uma evolução no quadro de saúde.

Médicos conseguiram
retirar parte da agulha que estava no abdômen
O caso - O Conselho Tutelar
recebeu denúncia da equipe médica do Hospital Municipal de Jaciara, sobre
suspeita de maus-tratos contra uma menina que deu entrada na unidade. O bebê
chorava muito e apresentando hematomas no couro cabeludo. No relatório médico
da paciente constava ainda que, duas semanas antes, a vítima já havia estado no
mesmo hospital apresentando cortes nos pés.
O bebê, na ocasião com três
meses, teve as agulhas inseridas na região do tórax e na cabeça.
Quatro pessoas foram presas e uma
foi apreendida por envolvimento no crime: Iraci Queiroz dos Santos, de 42 anos,
conhecida como Baiana, que teria conduzido o ritual; Débora Queiroz dos Santos,
grávida de oito meses e filha de Iraci; Ricardo César dos Santos, genro de
Iraci; Wellinton de Jesus Costa, de 28 anos, pai da menina; e a mãe da vítima,
que tem 17 anos.
A menor de idade vai responder a
ato infracional análogo a tentativa de homicídio e foi encaminhada ao Complexo
do Pomeri, em Cuiabá. O pai da bebê, Wellinton, é suspeito de ter recebido R$
250 para submeter a filha ao ritual.
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