Imagem do último dia
14/1 mostra o Cedro completamente seco
O açude Cedro, em
Quixadá, continua com 0% da capacidade, conforme o Portal Hidrológico, mas, com
as últimas chuvas, já voltou a apresentar espelho d'água
Segundo maior açude do Ceará, o
Orós registrou ontem volume de água correspondente a 9,93% da capacidade. Com
isso, os três maiores reservatórios do Ceará estão com volume abaixo de 10%.
Castanhão, o maior deles, está com 5,28%. Terceiro maior, o Banabuiú tem 0,59%.
Com esse cenário, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) projeta
suspender a partir de amanhã o uso do manancial no suporte ao Castanhão para o
abastecimento de Fortaleza, Região Metropolitana (RMF) e Vale do Jaguaribe.
Segundo informações do Portal
Hidrológico, é a primeira vez desde que o Castanhão foi inaugurado, em 2004,
que os três reservatórios estratégicos para o abastecimento estadual se
encontram nesse nível de criticidade. As precipitações deste início de estação
chuvosa elevaram o nível médio dos reservatórios. Na segunda-feira, 6, pela
primeira vez no ano, os 153 açudes monitorados pela Cogerh ultrapassaram a
média de 7% do volume de água. Os açudes Maranguapinho, em Maracanaú, e Caldeirões,
em Saboeiro, sangraram.
O histórico Cedro, em Quixadá,
mais antigo açude do Brasil, voltou a apresentar espelho d’água. Apesar disso,
ele segue com 0% da capacidade preenchida, segundo o Portal Hidrológico.
Embora a média dos açudes inicie
recuperação, os maiores, responsáveis por abastecer a RMF, seguem em situação
crítica. Principalmente o Orós, que vinha sendo o mais demandado. Com a
suspensão do reforço para o Castanhão, o Governo espera que o Orós acumule
recargas ao longo da quadra chuvosa, que se iniciou no último fevereiro com
chuvas 33,2% acima da média, e termina em maio.
Para os meses de março, abril e
maio, a probabilidade maior (43%) é de chuvas dentro da média, segundo a
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). No entanto, o
órgão já havia alertado que as precipitações não devem chegar às regiões onde
estão os açudes mais estratégicos do Estado, como o Orós, o Castanhão e o
Banabuiú.
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