
Armamento de grosso
calibre foi apreendido com os cinco bandidos no dia da prisão
Numa decisão que tomou de
surpresa as autoridades da Segurança Pública do Ceará, o Supremo Tribunal
Federal (STF) colocou em liberdade uma quadrilha de bandidos cearenses
considerada de altíssima periculosidade, envolvida em assaltos a bancos,
ataques a carros-fortes e assassinatos de policiais nas regiões do Sertão
Central e do Vale do Jaguaribe. O bando é conhecido como os “Pipocas”, baseado
em Quixadá e Morada Nova.
O grupo foi preso em janeiro de
2015, em uma grande caçada policial, após tentativa frustrada de assalto a um
comboio formado por três carros-fortes no
Município de Russas. Na fuga, os assaltantes
se embrenharam no matagal e invadiram uma fazenda, tomando uma família inteira como refém, na
noite de 14 de janeiro. Foram seis horas
de cerco, tiroteio e negociações, até
que os cinco criminosos se entregassem às autoridades. Dois deles ficaram
feridos.
Arsenal - Com a quadrilha, a
Polícia apreendeu um vasto armamento de grosso calibre, incluindo três fuzis de fabricação russa, modelo AK-47; dois
fuzis americanos AR-15, de calibre 5.56; uma espingarda de calibre 28, três
pistolas de calibre .40 (Ponto 40), além de cinco carregadores, 473 munições de
diversos calibres, intactas; 20 quilos de artefatos explosivos e várias balaclavas
(capuzes).
O grupo preso era composto por
Elineudo Oliveira Silva, o “Neudo Pipoca”, então com 41 anos de idade; Antônio
Ricardo Germano de Lima, o “Ricardo da Vila Rica”; Paulo Sérgio de Oliveira, 31
anos; e Ângelo Márcio Rodrigues, 36
anos. Os dois últimos foram baleados no confronto com a Polícia. No dia
seguinte, foi capturado o quinto homem do bando, Raimundo Nonato Rodrigues da
Silva, o “Raimundo da Vertente”, 32 anos. Outros membros da quadrilha
conseguiram fugir.
O bando foi levado para Fortaleza
e autuado em flagrante na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Posteriormente, o
flagrante foi convertido em prisão preventiva pelo juiz da Comarca de Russas.
As autoridades informaram que o bando dos “Pipocas” era financiado por
empresários e comerciantes da região de Quixadá, ligados a postos de
combustíveis, fazendas, motéis, revendedora de veículos e até com atuação na
política local. A quadrilha atacava bancos e carros-fortes no Ceará, Maranhão,
Rio Grande do Norte, Pará, Piauí, Paraíba e Mato Grosso,
Soltos - Agora, o STF decidiu
soltar os delinqüentes com base no argumento da defesa de que a prisão
preventiva por dois anos configurou “excesso de prazo na custódia que se diz provisória”. O ministro Marco Aurélio alegou que, “a quantidade de armas e munições
apreendidas e o fato de se tratar de um grupo organizado para a prática de
criminosa, são insuficientes para respaldar o argumento alusivo à prisão para a
garantia da ordem pública”.
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