
Após 5 anos de seca,
a tendência é um ano de chuvas mais intensas
O Ceará começou 2017 com cerca de
60% do seu território em seca extrema, que é o pior nível de estiagem segundo a
classificação do Monitor das Secas, da Agência Nacional das Águas (ANA). Porém,
as chuvas que ocorreram principalmente no mês de fevereiro já contribuindo para
minimizar a severidade da seca em grande parte do Estado.
De acordo com o sistema de
monitoramento, o Ceará tinha, em janeiro, 63% do seu território em seca
excepcional. Hoje, o Estado tem somente 6,5% em situação crítica,
restringindo-se a uma estreita faixa no extremo sul. A queda significa uma
redução de quase 90% de um mês para o outro.
Por outro lado, houve uma
expansão nas áreas das secas extrema e grave, além do surgimento de uma área
com seca moderada no noroeste do Estado. Com exceção do setor noroeste, onde os
impactos são de longo prazo, caso a situação não mude, nas demais áreas os
impactos permaneceram de curto e longo prazo.
Com as precipitações, o Ceará
está atrás somente do estado do Maranhão, que conseguiu zerar o nível de
extrema seca.

Chuvas em 2017 - No comparativo
com os 3 primeiros meses do ano (levando em conta a 1ª quinzena de março), as
chuvas que caíram no Ceará são animadoras.
Em janeiro, mês que faz parte da
pré-estação, as chuvas ficaram 32,4% abaixo da média, que é 98,7 milímetros,
isto é, o volume observado foi de apenas 66,8mm. Além disso, houve queda no
comparativo com o mesmo período do ano passado, quando as precipitações bateram
191,8mm.
Já no mês de fevereiro, que marca
o início da quadra chuvosa, as precipitações de 155 milímetros no Ceará foram
quase três vezes mais intensas do que em 2016, além de ficarem 30% acima da
média histórica.
Por fim, nos primeiros 15 dias de
março, o volume observado é de 129,1mm, que já é a mesma quantidade registrada
em todo o mesmo mês do ano passado. Considerando que este é o mês de chuvas
mais intensas no Estado, esse número deve aumentar.
Açudes - No ano de 2017 já foi
registrado um aporte total de 422,01 milhões m³ nos açudes monitorados pela
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Com as precipitações, três
açudes do Estado estão sangrando.
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