O comando da Polícia Militar do
Estado de São Paulo abriu inquérito para apurar a conduta dos policiais no
furto de uma viatura da PM, segunda-feira (27), em Heliópolis, na capital. De
acordo com a PM, a versão dada pelos policiais de que teriam sido rendidos por
quatro homens armados com fuzis não é verdadeira. Um único homem furtou a
viatura, foi perseguido e morreu num bloqueio da polícia, na Rodovia dos
Bandeirantes.
As investigações apontam que o
homem entrou na viatura, aproveitando-se de um provável descuido dos policiais.
De acordo com nota da PM, dois policiais militares estavam cumprindo um ponto
de estacionamento próximo da comunidade de Heliópolis, quando "por motivos
a esclarecer, não mantiveram o contato visual e a adequada segurança com a
viatura".
Nesse momento, uma pessoa entrou
na viatura e partiu com o veículo. "Esses policiais militares tentaram
impedir o furto da viatura e efetuaram disparos contra o carro oficial, mas o
infrator conseguiu fugir, provocando o início das ações de cerco e
acompanhamento, que avançaram pela rodovia dos Bandeirantes, até a praça de
pedágio, no km 77."
Conforme a nota, as ações
resultaram num acidente de trânsito com outra viatura policial e na colisão da
viatura furtada contra uma carreta, causando a morte do condutor. Ainda segundo
a PM, a história narrada pela rede de rádio da corporação fez com que um grande
aparato fosse mobilizado para conter a suposta quadrilha.
O comando da PM suspeitou da
história depois de ouvir a gravação do sistema de radiocomunicação da viatura,
em que o autor do furto dizia que desde pequeno queria ser policial e
"realizava um sonho de criança". Além disso, os outros suspeitos
citados não foram vistos em nenhum momento e não havia armas na viatura.
Os dois policiais foram afastados
do policiamento e serão ouvidos no Inquérito Policial Militar. Eles devem
responder a processo por falsa comunicação de crime, além de receber punições
disciplinares.
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