Um policial militar do Comando
Tático Rural (Cotar) que participou da operação que interviu no ataque a
agências bancárias em Jaguaruana na madrugada do último sábado, 1º, forneceu
detalhes sobre o confronto com o grupo do 'Novo Cangaço', que terminou com
cinco presos e sete mortos.
O PM que pediu para não ser identificado
informou que houve confronto em quatro pontos diferentes. Em frente ao
destacamento da PM, em frente ao Bradesco, Banco do Brasil e nos caixas da
Prefeitura.
"Teve progressão e uma dinâmica. Eles
atiravam e a gente se abrigava. A gente atirava e eles se abrigavam. Muitos
fugiram quando viram o tiroteio e alguns ficaram por ter mais coragem, por ter
fuzis. Outros por não ter como fugir. A intenção deles é atirar e fugir".
Mortos - O policial explicou que
na linha de confronto todos os que tombaram e foram baleados na operação eram
integrantes da quadrilha, mas não descarta que os integrantes da organização
criminosa tenham atirado contra pessoas inocentes pensando se tratar de policiais.
O PM ressalta que em uma operação
o policial tem que se preocupar com a própria vida, neutralizar os indivíduos
que estejam atirando e ainda proteger os cidadãos. "As pessoas vinham para
a janela, ficavam no meio da rua, queriam passar de moto no meio do tiroteio.
Pessoas estavam com celulares nas esquinas, nas calçadas e queriam olhar. Isso
atrapalha e gera dificuldade".
Assaltantes de bancos - "O
Cotar já esteve em várias ocorrências de confronto, como os casos de ataques em
Catarina, Itarema, Senador Pompeu. O medo é normal e é necessário em algumas
situações, tem o treinamento nos cursos e o policial aprende a controlar e a
superar essas emoções".
Conforme a fonte, a equipe tem
certa experiência, não só em ataques a bancos, mas em situações de abordar
casas com traficantes escondidos, mas ressalta que não "envolvem a mesma
adrenalina".
O militar afirma que o criminoso que atua em
ataque a banco é diferente do "pirangueiro" comum, que rouba carro e
moto. Os criminosos comuns são mais desorganizados e agem por impulso. O
armamento é mais fraco, mas o policial ressalta que as armas, independente do
poder de fogo, matam do mesmo jeito que um fuzil.
"Os assaltantes de banco são
mais organizados. Planejam ações por meses e possuem armamento que pode causar
um estrago bem maior. Mesmo assim não tem o treinamento e o mesmo preparo dos
policiais das tropas especiais. O que eles (assaltantes de banco) possuem são
logística e plano de ação".
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