quinta-feira, 13 de abril de 2017

BATURITÉ - Após transbordar e secar em um espaço de dois dias, açude Tijuquinha volta a sangrar

Açude Tijuquinha, em Baturité
O açude Tijuquinha, localizado em Baturité, voltou a sangrar depois de ter sido esvaziado para desassoreamento. Em intervalo de 28 dias, o reservatório saiu dos 7,9% do volume total e atingiu a capacidade máxima novamente. A abertura das comportas — que secou o açude dois dias depois da cheia — preocupou a população. No entanto, a imagem de ontem, do reservatório cheio, devolveu o alento.

Tijuquinha - O açude, com capacidade de armazenar 881 mil m³, secou por ordem da Companhia de Gestão e Recursos Hídricos (Cogerh), após pedido da Prefeitura de Baturité. O órgão justificou que a água foi escoada para melhorar a qualidade. Parte dos moradores da comunidade não concordou com o ato.
De fato, quando o Tijuquinha sangrou pela primeira vez este ano, no dia 15 de março, era o mal cheiro que se destacava na área. Mas, para os moradores, a companhia deveria ter se antecipado para a chegada das chuvas.
Agora, mesmo com o açude cheio, o medo de desperdício continua. Isso porque as paredes do Tijuquinha têm aberturas que permitem o escoamento da água. Fendas nas madeiras que sustentam o sangradouro também deixam a água escapar.
Em nota, a Cogerh informou que o açude não deverá ser esvaziado novamente este ano para possíveis serviços na região. “Caso haja necessidade de serviço no açude Tijuquinha, só será feito quando o açude secar, depois da quadra chuvosa”.
A companhia reiterou que o assoreamento no rio é intenso por ele estar localizado em região serrana, e a única maneira de dispensar a lama acumulada seria com a abertura das comportas. “O desassoreamento do Tijuquinha é feito todo ano.

Dicionário - Desassoreamento é o trabalho de remoção de areia, entulhos, pedras e outros materiais que se acumulam no fundo de rios, lagoas ou açudes. O serviço tem o objetivo de facilitar o fluxo e melhorar a qualidade da água.
Açudes - Além do Tijuquinhna, outros nove açudes cearenses estão sangrando. Ontem, o Gameleira, em Itapipoca, atingiu a capacidade máxima. Outros 18 continuam secos e 42, em volume morto.

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