Um pastor foi preso em Campos
Novos, no Oeste catarinense, nesta quinta-feira (6) suspeito de estuprar uma
menina de 12 anos que frequentava a igreja dele e enviar mensagens para tentar
abusar de outras duas. De acordo com a Polícia Civil, ele convenceu a garota de
que estava enfeitiçada e, para resolver o problema, deveria ter relações
sexuais com ele.
Conforme a polícia, em 2016, o
pastor falou para menina de 12 anos que Deus iria lhe dar uma missão e, dias
depois, enviou uma mensagem para o celular dela dizendo que havia um feitiço e
a única maneira de quebrá-lo seria ter relações sexuais ao menos sete vezes com
um homem de muita fé e que fosse casado.
Quando a menina procurou o pastor
para pedir orientações, os abusos começaram, conforme a polícia.
O pastor estuprou a garota e fez
tentativa de violação sexual mediante fraude contra as outras duas.
Durante as investigações, os
policiais apuraram também que em março deste ano, o suspeito habilitou um
celular em nome de uma mulher que frequentava a igreja dele e encaminhou uma
mensagem para as garotas de 15 e de 16 anos, se passando por um rapaz que teria
estudado com elas, cujo pai era feiticeiro e havia feito um feitiço contra
elas.
No texto, o pastor dizia que as
meninas deviam ter relações sexuais por ao menos sete vezes com “um grande
homem de Deus, abençoado e casado, mas que ninguém poderia saber disso, caso
contrário, elas poderiam até morrer”, informou a polícia.
Horas depois, as adolescentes
procuraram o pastor para pedir ajuda e mostraram a mensagem. Segundo os
policiais, ele se aproveitou da condição de autoridade religiosa para começar
uma série de conversas com as meninas.
Nas mensagens, ele dizia às
adolescentes que “obedecer a orientação seria a única maneira de ‘vencer o mal’
e que ele estava à disposição para o que fosse preciso”.
Em algumas conversas, ele disse
às garotas que havia sonhado que isso aconteceria, em outras, afirmou que
aquilo era ordem de Deus e não havia escolha, senão cumpri-la, conforme os
policiais.
De acordo com a Polícia Civil, o
inquérito foi concluído e entregue ao Ministério Público que ofereceu a
denúncia contra o suspeito. O pastor foi conduzido ao presídio de Campos Novos.
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