Deve chover abaixo da média
histórica em toda a região Nordeste nos próximos meses, a previsão é do Grupo
de Previsão Climática Sazonal, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações (MCTIC).
Segundo os especialistas, chuvas
intensas no leste da região marcaram o início do período chuvoso. Entretanto,
esse cenário não deve se repetir entre junho e agosto.
"Pode acontecer de um ciclo
de curta duração se formar e fazer chover muito. Mas isso não é o esperado
[para o trimestre]. O que aconteceu agora pode voltar a ocorrer, mas a previsão
é que as chuvas fiquem abaixo da média histórica", afirma a coordenação-geral
de Operações e Modelagens do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais (Cemaden).
Um dos fatores decisivos para a
previsão é o aumento da temperatura do Oceano Pacífico acima de 3°C. Por isso,
a Zona de Convergência Intertropical (ZCI) – que regula o regime de
precipitações no Nordeste e Norte do Brasil – se deslocou para latitudes acima
do equador. Aliado a isso, a porção norte do Oceano Atlântico está mais quente
que a parte sul.
Clima - Para a região Norte, a
previsão é que a cheia dos rios não atinja os níveis recordes esperados. Isso
porque a cota dos principais rios amazônicos, como o Amazonas, o Negro e o
Tapajós, já superou o limite de transbordamento em algumas estações de medição.
Com a chegada da estação seca no
próximo trimestre, o chamado "inverno amazônico", os níveis dos rios
devem cair.
As próximas semanas devem marcar
transbordamentos de alguns rios da região Sul, devido a incursões de massas de
ar frio no território brasileiro vindas da Antártica. Por isso, aumenta o
alerta para potenciais episódios de desastres naturais, como inundações e
deslizamentos de terra. O quadro, porém, não deve se estender para toda a
região nos próximos três meses.
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