O pistoleiro Genilton
Torquato confessou um rosário de crimes ao ser preso
O Tribunal de Justiça do Ceará
(TJCE), através de sua Secção Judiciária,
determinou que seja transferido da Comarca de Jaguaretama para a Capital
o julgamento de uma quadrilha acusada de
um “rosário” de crimes no Vale do Jaguaribe, entre eles, a morte de um policial
militar. Os réus são Genilson Torquato
Rocha Almeida, José dos Santos Vieira Júnior, Francisco Antônio Peixoto Sousa e
Francisca Everlanja Peixoto Sousa. Eles
fariam parte de grupo criminoso conhecido por “Filhos de Senhorzinho Diógenes”.
A relatora do processo,
desembargadora Francisca Adelineide Viana, justificou a decisão em virtude “das
características do crime que tem a conotação de pistolagem, bem assim, o grau
de envolvimento dos requeridos (acusados) com bando criminoso em atuação na
região do Jaguaribe, evidencia-se a alta periculosidade dos requeridos e a
ameaça à imparcialidade dos jurados e à garantia da ordem pública”.
Segundo o Ministério Público do
Ceará (MPCE), os denunciados teriam matado Francisco Adauto Nogueira, em 2008.
O motivo seria a rivalidade entre bandos criminosos. Além disso, eles estariam
envolvidos com tráfico de drogas e outros homicídios, entre os quais a morte do
chefe do destacamento da Polícia Militar de Jaguaretama, subtenente Carlos
Herbênio Almeida, ocorrida em fevereiro de 2016.
Imparcialidade - Em dezembro de
2014, o Juízo da Vara Única de Jaguaretama pronunciou o grupo, determinando que
fosse julgado pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri daquele Município
pelo homicídio de Francisco Adauto.
Alegando haver dúvidas a respeito
da imparcialidade do júri, em função do temor da comunidade local diante dos
acusados, o MPCE ingressou com pedido de desaforamento (mudança de local de
julgamento). Requereu também a transferência do julgamento dos réus, de
Jaguaretama para Fortaleza. A defesa dos acusados pediu o indeferimento da
requisição. Argumentou não existirem elementos concretos sobre a imparcialidade
dos jurados. Ao julgar o caso, a Seção Criminal atendeu ao pedido do Ministério
Público, por unanimidade.
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