O Ronda está sendo
substituído, paulatinamente, pelo BPRaio em todas as cidades cearenses
O FIM DO RONDA - Um projeto
ilusionista? Um truque de marketing de campanha? Um projeto mal elaborado? O
que deu errado na execução? Faltou experiência e comprometimento?
São respostas a estas indagações
que especialistas em Segurança Pública buscam para explicar o retumbante
fracasso que sofreu o programa de Polícia Comunitária Ronda do Quarteirão, a
“menina dos olhos” do então governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes. Foram 10
anos de idas e vindas, com muitas denúncias, reclamações, mas também elogios e
a esperança de dias melhores para a ordem pública no Ceará. E o que restou? Talvez nada. Até mesmo as caminhonetas
luxuosas modelo Hilux estão sendo, paulatinamente, substituídas por outros
modelos de veículos para as polícias Civil e Militar, mais baratos, menos
luxuosos, mas que atendam à demanda de policiamento ostensivo.
Com o passar dos anos, tudo
aquilo que foi programado para o Ronda foi sendo extinto. Começou com as
“visitas sociais” que cada patrulha tinha que fazer em seu turno de trabalho.
Depois sumiram os telefones celulares que cada viatura tinha. Sumiram também as
câmeras que espionavam o comportamento dos militares. A interação com os
Conselhos Comunitários foi pro beleléu.
A esdrúxula ordem de não perseguir bandidos também foi banida. As
diretrizes foram sumindo até, finalmente, o Ronda acabar de vez.
RAIO É A BOLA DA VEZ - Com a
retomada do crescimento da criminalidade no Ceará, após um período de trégua
imposto pelas facções criminosas, o governador Camilo Santana quer uma
transformação no setor. Faltando um pouco mais de um ano e meio para o fim do
seu mandato, e a perspectiva de uma reeleição, ele quer colocar na Segurança
Pública a sua marca. Da herança maldita de Cid Gomes, Camilo quer se
livrar. Está mudando o padrão das
viaturas, vai mudar a farda da PM (apenas adiou) e extinguiu o Ronda. A bola da
vez é o Raio, uma tropa de elite que, aos poucos, vai saindo dessa condição e
se tornando uma tropa comum, assim como o Policiamento Ostensivo Geral
(POG). Hoje está espalhado por várias
cidades do Interior. E vai se espalhar mais.
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