O presidente Michel
Temer em Moscou, na Rússia
Apenas 7% dos brasileiros
consideram o governo de Michel Temer como ótimo ou bom — a menor marca apurada
pelo Instituto Datafolha em 28 anos. Na série histórica, apenas José Sarney
ficou abaixo deste patamar, ao tocar 5% de aprovação em setembro de 1989, durante
a crise da hiperinflação.
A impopularidade do presidente
aumentou desde a revelação da colaboração premiada dos donos da JBS, que
situaram Temer no centro de um esquema de corrupção nacional. Segundo o
Datafolha, 69% do público considerada a gestão ruim ou péssima, e 23% avaliam o
governo como regular.
Mulheres, jovens e eleitores de renda
mais baixa mostram mais indisposição com Temer, em comparação com a média da
população.
Em 1989, 68% consideravam ruim ou
péssima a atuação de Sarney, enquanto 24% julgavam a administração regular.
O novo levantamento do instituto
ouviu 2.771 pessoas entre quarta-feira e a sexta-feira. Os novos números
evidenciam a queda da popularidade do presidente, que, há dois meses, somava 9%
entre os entrevistados que avaliavam a gestão como ótima ou boa. No fim de
abril, 61% julgavam o governo como ruim ou péssimo e 28% enxergavam uma
administração regular.
A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos. O Datafolha ainda informou que a nota do
presidente caiu de 3 para 2,7 na nova pesquisa. Não souberam responder 2% dos
entrevistados.
A avaliação de Temer é pior que a
de Dilma Rousseff às vésperas da conclusão do processo de impeachment, quando a
petista seria destituída pelo Congresso. Na época, ela tinha 13% de aprovação e
63% de reprovação. A impopularidade do peemedebista é semelhante à da
ex-presidente de agosto de 2015, quando Dilma amealhou 71% de avaliações de um
governo ruim ou péssimo.
Além de Temer, Dilma e Sarney,
apenas Fernando Collor atingiu índices tão negativos frente à população. Ele
somava 68% de ruim e péssimo, em setembro de 1992, ao sofrer impeachment.
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