Caso foi encaminhado
à Delegacia Sede de Iguape
Uma mulher e a filha, de 11 anos,
decidiram deixar Iguape, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo,
nesta quarta-feira (14), após a Justiça decidir não prender um homem suspeito
de abusar da criança. O crime foi revelado depois que a menina pediu ajuda a
uma policial na escola.
O suspeito, um agricultor de 41
anos, era namorado da mãe da vítima, de 39, e chegou a ser detido. A menina
relatou os abusos a uma policial militar durante uma aula do Programa
Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). Segundo ela, o
crime ocorria há, pelo menos, três meses.
O caso foi encaminhado à Polícia
Civil, que pediu a prisão temporária do suspeito, mas ela foi negada pela
Justiça, no dia 7. A decisão surpreendeu as equipes policiais e a família da
vítima. Em uma audiência, realizada no início desta semana, a liberdade do
agricultor foi mantida enquanto ocorrem as investigações.
O problema é que mãe e filha
moram vizinhas ao suspeito de cometer os abusos, na zona rural da cidade e
distante 30 minutos do Centro. Receosas, elas decidiram sair do município nesta
quarta-feira, e voltar para a Grande São Paulo, de onde vieram, para serem
acolhidas na casa de parentes.
O caso continua alvo de um
inquérito policial na Delegacia Sede da cidade. A polícia informou que as
investigações continuam, e que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda
não foi concluído e apresentado.
O CASO - A menina relatou o
ocorrido a uma policial, em uma unidade de ensino da cidade. Ela pediu ajuda,
disse que o então namorado da mãe estava abusando sexualmente dela, e que a
ameaçava, caso contasse algo para outras pessoas. A criança disse não ter
contado nada antes por medo.
A equipe da PM, imediatamente,
acionou a mãe da menina, que desconhecia os fatos, e as levaram até a
delegacia. No relato, ela confirmou o abuso ao delegado e, inclusive, falou
sobre um ferimento ocasionado por uma possível mordida que ele teria dado nela,
em um dos ataques cometidos na casa dele.
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