quinta-feira, 15 de junho de 2017

Família foge de cidade após Justiça negar prisão para suspeito de estupro

Caso foi encaminhado à Delegacia Sede de Iguape (Foto: G1 )
Caso foi encaminhado à Delegacia Sede de Iguape

Uma mulher e a filha, de 11 anos, decidiram deixar Iguape, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo, nesta quarta-feira (14), após a Justiça decidir não prender um homem suspeito de abusar da criança. O crime foi revelado depois que a menina pediu ajuda a uma policial na escola.
O suspeito, um agricultor de 41 anos, era namorado da mãe da vítima, de 39, e chegou a ser detido. A menina relatou os abusos a uma policial militar durante uma aula do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). Segundo ela, o crime ocorria há, pelo menos, três meses.
O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que pediu a prisão temporária do suspeito, mas ela foi negada pela Justiça, no dia 7. A decisão surpreendeu as equipes policiais e a família da vítima. Em uma audiência, realizada no início desta semana, a liberdade do agricultor foi mantida enquanto ocorrem as investigações.
O problema é que mãe e filha moram vizinhas ao suspeito de cometer os abusos, na zona rural da cidade e distante 30 minutos do Centro. Receosas, elas decidiram sair do município nesta quarta-feira, e voltar para a Grande São Paulo, de onde vieram, para serem acolhidas na casa de parentes.
O caso continua alvo de um inquérito policial na Delegacia Sede da cidade. A polícia informou que as investigações continuam, e que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi concluído e apresentado.

O CASO - A menina relatou o ocorrido a uma policial, em uma unidade de ensino da cidade. Ela pediu ajuda, disse que o então namorado da mãe estava abusando sexualmente dela, e que a ameaçava, caso contasse algo para outras pessoas. A criança disse não ter contado nada antes por medo.
A equipe da PM, imediatamente, acionou a mãe da menina, que desconhecia os fatos, e as levaram até a delegacia. No relato, ela confirmou o abuso ao delegado e, inclusive, falou sobre um ferimento ocasionado por uma possível mordida que ele teria dado nela, em um dos ataques cometidos na casa dele.

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