O Ceará está na contramão da
redução nacional de incidência da febre chikungunya. Enquanto o Brasil
conseguiu reduzir em 54,7% a incidência da doença no período entre 1° de
janeiro e 13 de maio deste ano, comparado ao mesmo período de 2016, o Estado
aumentou em 219% suas estatísticas.
No último boletim epidemiológico
publicado pelo Ministério da Saúde, o Ceará é também o único do Nordeste e o
primeiro entre sete outros estados do País que, em um ano, viram aumentar a
quantidade de casos prováveis da patologia. Mesmo assim, o Ministério considera
que, pelo menos “neste momento, não há um alerta especial” sobre a região.
A situação se agrava, contudo,
quando o documento aponta que, das cidades brasileiras com maiores incidências
de chikungunya, de acordo com o nível populacional de cada um deles, sete são
cearenses: General Sampaio, Reriutaba e Acarape, entre as cidades com menos de
cem mil habitantes; Maranguape, Iguatu e Caucaia, que têm entre cem mil e 499
mil habitantes; e Fortaleza, cuja população é acima de um milhão.
Em nota, o Ministério da Saúde
afirma que, “do ponto de vista epidemiológico, o aumento dos casos de
chikungunya era previsto, uma vez que é uma doença recente (identificada pela
primeira vez no Brasil em 2014) e encontra até hoje um grande número de pessoas
suscetíveis”. Além disso, o assessor técnico da SMS compreende que “o Aedes
(aegypti) com o vírus da chikungunya tem se mostrado mais eficiente do que com
o da dengue”.
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