Suspeito foi detido
ao ser localizado em um ônibus em Iguape, no Vale do Ribeira
Uma menina de 11 anos denunciou o
namorado da própria mãe, um homem de 41, por abuso sexual. O suspeito de
estuprar a criança, porém, não teve o pedido de prisão temporária, solicitado
pela Polícia Civil, acatado pela Justiça. O caso veio à tona esta semana, após
a vítima pedir ajuda na escola a uma policial, em Iguape, na região do Vale do
Ribeira, interior de São Paulo.
A menina relatou o ocorrido a uma
policial militar durante uma aula do Programa Educacional de Resistência às
Drogas e à Violência (Proerd), em uma unidade de ensino da cidade. Ela pediu
ajuda, disse que o atual namorado da mãe estava abusando sexualmente dela, e
que a ameaçava, caso contasse algo para outras pessoas.
A equipe da PM, imediatamente,
acionou a mãe da menina, que desconhecia os fatos, e as levaram até a Delegacia
Sede. No relato, a criança disse que o homem praticava atos libidinosos com ela
há três meses. Inclusive, falou sobre um ferimento ocasionado por uma possível
mordida que ele teria dado nela em um dos ataques.
Caso foi encaminhado
à Delegacia Sede de Iguape
Paralelamente, policiais
militares localizaram o apontado como autor do crime, um agricultor, dentro de
um ônibus coletivo, no bairro Icapara. Ele foi abordado, detido pela equipe
ainda no local e encaminhado ao distrito policial para prestar depoimento sobre
o caso ao delegado.
Apesar de negar o crime, o
suspeito admitiu à polícia que já dormiu na mesma cama que a menina. Além
disso, afirmou que, antes de namorar a mãe da vítima, manteve um relacionamento
sério com uma adolescente de 14 anos, quando ele tinha 31.
Diante do relato da vítima, a
polícia decidiu solicitar à Justiça a prisão temporária do homem. Conforme
apurado, o pedido foi negado, pois o juiz entendeu que era necessário esperar o
laudo médico - cujo resultado não tem previsão para sair. O suspeito foi,
então, liberado.
A decisão surpreendeu os
envolvidos. A mãe terminou o relacionamento e, junto com a filha, está receosa,
já que o suspeito mora vizinho a elas, na área rural da cidade. Apesar da
negativa da prisão, considerada pela polícia imprescindível para o sucesso das
investigações, um inquérito está aberto e o caso continua em apuração.
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