A Polícia Civil prendeu em flagrante,
na tarde da última segunda-feira (26), o acusado de ser o responsável por um
laboratório clandestino que fabricava a substância Concentrado Polieletrolítico
para Hemodiálise (CPHD) utilizada em procedimentos de hemodiálise na clínica
Centro de Nefrologia de Iguatu (CNI), Emir Lima Verde Filho,
sócio-administrador do CNI. A prisão ocorreu durante fiscalização realizada
pela Vigilância Sanitária do Estado, Ministério Público do Estado do Ceará
(MPCE) e Polícia Civil.
De acordo com o titular da 1a
Promotoria de Justiça da Comarca de Iguatu, promotor de Justiça Flávio Corte
Pinheiro, em fiscalização realizada no dia 11 de maio no CNI, a Vigilância
Sanitária constatou discrepâncias no estoque de CPHD que não condiziam com a
quantidade utilizada, uma vez que fazia seis meses que a substância não era
adquirida junto ao fornecedor. Com isso, a Vigilância Sanitária notificou a
clínica e, na defesa apresentada, o administrador confessou que fabricava o
CPHD alegando dificuldades financeiras.
Diante desta realidade, a
Vigilância Sanitária, o MPCE e a Polícia Civil realizaram nova fiscalização
nesta segunda-feira, descobrindo que, numa tentativa de despistar as
autoridades, Emir Lima Verde Filho fechou o primeiro laboratório clandestino,
mas abriu outro em um novo local. Além destes fatos, o MPCE investiga ainda os
óbitos de sete pacientes da clínica que podem ter ocorrido em decorrência do
uso da substância fabricada no laboratório clandestino e outras irregularidades
constatadas.
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