sexta-feira, 2 de junho de 2017

Quadra chuvosa não muda situação crítica dos açudes do Ceará

Encerrado nessa última quarta-feira (31), o mês de maio se despede levando com ele as chuvas que tanto fizeram a alegria do cearense, recebidas em maior ou menor intensidade nos 184 municípios, que amargaram, nos últimos cinco anos, um longo período de precipitações abaixo da média, comprometendo a oferta hídrica do Estado.
De acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), levando em consideração o período da quadra chuvosa, de fevereiro a maio, os números se mantiveram abaixo da média, com 553,8mm para o quadrimestre; o que representa queda de 7,8% em relação à média histórica do Estado, que é de 600,7mm.
Apesar disso, se há relatos que o inverno não apenas mudou a paisagem, recobrindo os campos e roçados de verde, mas renovou também a esperança no cultivo das culturas características do Estado, o mesmo não ocorreu com os 153 açudes que abastecem o Ceará, monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) que, em sua maioria, não obtiveram o êxito esperado, em suas recargas. Juntos, eles somam 18,64 bilhões de metros cúbicos de capacidade mas, o volume atual, chega a apenas 2,35 bilhões de metros cúbicos, ou seja, volume total de 12,61%.

Em queda  - Os açudes Orós, Castanhão e Banabuiú, os três maiores do Estado, em capacidade, estão, respectivamente 10, 41%; 5,70% e 0,77%, de volume atualmente. Segundo a Cogerh, ao longo dos últimos dez anos, o volume desses reservatórios vem baixando.
Em 2007, o Banabuiú, por exemplo, neste mesmo período, operava com 46,65% de sua capacidade, subindo para 77,79%, no ano seguinte; 92%, em 2009; caindo para 75,78%, em 2010; voltando a ganhar volume em 2011 (91,27%). Depois seguiu em queda até os atuais 0,77%.
No caso do Castanhão, há dez anos, o açude operava com 60,79% de sua capacidade; subindo para 88,96%, em 2008; 94,53%, em 2009; caindo para 72,48% (2010); subindo, novamente, para 82,39% de volume (2011); chegando hoje à assustadora marca de 5,70%. O Orós, que em 2007 alcançava a marca de 67,96%; operando com sua capacidade máxima nos dois anos seguidos (2008-2009); chega agora aos 10,41% de volume registrados.

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