Apesar de nos últimos seis anos
não ter ocorrido cheia significativa no Rio Jaguaribe, é nítido o avanço da
degradação, queda de barreiras e perda significativas de áreas de cultivo
agrícola, principalmente num trecho de aproximadamente 20 km, que compreende o
município de Iguatu, onde se formou um verdadeiro corredor produtivo,
envolvendo as localidades de Penha, Cardoso, Itans, Gadelha e Quixoá. O fenômeno crescente vem causando preocupação
para os produtores rurais.
O ex-prefeito de Iguatu e atual
secretário Executivo da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) do Ceará, Aderilo
Alcântara, também mantém esse mesmo posicionamento dos produtores agrícolas, e
ao assumir a pasta no início deste ano, iniciou imediatamente um estudo para a
implantação de um projeto piloto para a revitalização do Rio Jaguaribe, no
trecho que corta o município de Iguatu.
Na semana passada, Alcântara se
reuniu com o secretário de Meio Ambiente do Estado, Artur Bruno, para discutir
o assunto. "Estamos bastante adiantados nesse projeto. Já designamos o
engenheiro agrônomo e ambientalista Paulo Maciel, de Iguatu, que está nos subsidiando
com informações que possam materializar esse nosso projeto num curto espaço de
tempo", disse.
Segundo Aderilo Alcântara, nos
últimos 20 anos, houve várias discussões acerca da degradação da mata ciliar do
Rio Jaguaribe, inclusive com envolvimento de órgãos públicos e organizações não
governamentais (ONG), no entanto nenhuma ação concreta foi tomada até agora.
"Sabemos que a revitalização é um processo longo, que requer mobilização
social e também educação ambiental, mas temos que dar o primeiro passo, que é a
implantação desse projeto", ressaltou.
O Rio Jaguaribe é o maior curso
de água do Ceará, com 633Km de extensão. É considerado o coração hídrico do
Estado. Nele, estão os dois maiores reservatórios: o Castanhão, que tem
capacidade máxima de 7,5 bilhões de metros cúbicos, e o Orós, com 2,1 bilhões.
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