
O presidente Michel Temer decidiu
que não vai responder às 82 perguntas elaboradas pela Polícia Federal no
inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva,
obstrução de Justiça e pertencimento a organização criminosa.
O prazo definido pelo ministro
Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, para que o presidente respondesse
aos questionamentos encerrou nesta sexta-feira (9).
A defesa de Temer alega que a PF
tentou comprometê-lo ao fazer perguntas de caráter pessoal.
“Cumpre inicialmente ponderar
que, houvesse Vossa Excelência [Fachin] sido o autor dos questionamentos feitos
por escrito ou em colheita de depoimento oral, teria havido, com certeza, uma
adequada limitação das perguntas ao objeto das investigações. Indagações de
natureza pessoal e opinativa, assim como outras referentes aos relacionamentos
entre terceiras pessoas ou aquelas que partem de hipóteses ou de suposições e
dizem respeito a eventos futuros e incertos não teriam sido formuladas. No
entanto, foram feitas e demonstram que a autoridade mais do que preocupada em
esclarecer a verdade dos fatos desejou comprometer o Sr. Presidente da
República com questionamentos por si só denotadores da falta de isenção e de
imparcialidade por parte dos investigadores”.
A defesa do peemedebista também
pediu arquivamento do inquérito no Supremo.
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