
A professora Luana
Tolentino respondeu que fazia mestrado ao ser perguntada se fazia faxina
“A questão é esse olhar da
sociedade sobre nós, mulheres negras, como se a gente pudesse ocupar apenas
estes espaços. É uma coisa corriqueira”, disse Luana Tolentino, professora de
história há nove anos, que foi abordada na rua, em Belo Horizonte, por uma senhora
que perguntou se ela fazia faxina.
“Altiva e segura, respondi, ‘não.
Faço mestrado. Sou professora’, escreveu Luana em seu perfil no Facebook. O
texto já foi compartilhado mais de duas mil vezes na internet.
“Eu penso sempre no quanto isso é
sério. No quanto você tem responsabilidade na palavra e no discurso. No quanto
a sociedade é excludente, preconceituosa”, falou.

Texto escrito por
professora sobre pergunta preconceituosa viraliza na internet
A Professora de 33 anos disse que
não se sentiu ofendida com a pergunta, já que trabalhou como faxineira para
ajudar a mãe a comprar comida e a pagar o primeiro período da faculdade. “A
questão não é essa. A questão é o estigma. Ela só me perguntou se eu fazia
faxina por causa da minha pele.
Eu já escrevo sobre a questão
racial, o feminismo, as práticas pedagógicas no meu perfil. Eu decidi contar
esta história porque ela não diz respeito apenas a mim, mas diz respeito a
nossa sociedade”, contou.
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