Propinoduto. Suspeito
é preso durante a operação Calabar em São Gonçalo
Cinco assassinatos ocorridos no
último fim de semana em São Gonçalo podem ter relação com as investigações
sobre um esquema de corrupção de policiais militares da região, que recebiam
propina do tráfico. A Polícia Civil do Rio investiga se as mortes foram “queima
de arquivo”. Na quinta-feira passada, a Divisão de Homicídios de Niterói, São
Gonçalo e Itaboraí deflagrou a operação Calabar em que 90 pessoas já foram
presas acusadas de pertencerem a um “propinoduto” instalado dentro do 7º BPM
(São Gonçalo).
Quatro dos cinco corpos foram
encontrados carbonizados, no domingo, na região do Morro do Castro, e um quinto
foi achado ontem, decapitado, em Candoza. As duas localidades ficam em São
Gonçalo.
Nesta segunda-feira, sete
policiais militares lotados no batalhão de São Gonçalo e procurados pela
operação Calabar se apresentaram à polícia. Seis deles se entregaram na sede da
Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. O sétimo seguiu para
a Polinter, no Rio. Dos 96 mandados de prisão expedidos, 90 já foram cumpridos,
e a Polícia Civil espera que os outros cinco PMs que ainda estão foragidos se
entreguem nos próximos dias.
RADIOTRANSMISSORES ACHADOS - Nesta
segunda-feira, os policiais que investigam a rede de corrupção envolvendo
militares do 7º BPM e traficantes encontraram na casa de um dos PMs
radiotransmissores e celulares — cada aparelho tinha o nome de uma comunidade
de São Gonçalo. Segundo os investigadores, os equipamentos seriam utilizados
para facilitar a comunicação entre os agentes corruptos e os criminosos.
O inquérito conta com mais de 20
mil ligações telefônicas de policiais e traficantes grampeadas por ordem
judicial.
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