terça-feira, 4 de julho de 2017

Cinco assassinatos podem ter relação com propinoduto da PM


Propinoduto. Suspeito é preso durante a operação Calabar em São Gonçalo
Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Propinoduto. Suspeito é preso durante a operação Calabar em São Gonçalo

Cinco assassinatos ocorridos no último fim de semana em São Gonçalo podem ter relação com as investigações sobre um esquema de corrupção de policiais militares da região, que recebiam propina do tráfico. A Polícia Civil do Rio investiga se as mortes foram “queima de arquivo”. Na quinta-feira passada, a Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí deflagrou a operação Calabar em que 90 pessoas já foram presas acusadas de pertencerem a um “propinoduto” instalado dentro do 7º BPM (São Gonçalo).
Quatro dos cinco corpos foram encontrados carbonizados, no domingo, na região do Morro do Castro, e um quinto foi achado ontem, decapitado, em Candoza. As duas localidades ficam em São Gonçalo.
Nesta segunda-feira, sete policiais militares lotados no batalhão de São Gonçalo e procurados pela operação Calabar se apresentaram à polícia. Seis deles se entregaram na sede da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. O sétimo seguiu para a Polinter, no Rio. Dos 96 mandados de prisão expedidos, 90 já foram cumpridos, e a Polícia Civil espera que os outros cinco PMs que ainda estão foragidos se entreguem nos próximos dias.

RADIOTRANSMISSORES ACHADOS - Nesta segunda-feira, os policiais que investigam a rede de corrupção envolvendo militares do 7º BPM e traficantes encontraram na casa de um dos PMs radiotransmissores e celulares — cada aparelho tinha o nome de uma comunidade de São Gonçalo. Segundo os investigadores, os equipamentos seriam utilizados para facilitar a comunicação entre os agentes corruptos e os criminosos.
O inquérito conta com mais de 20 mil ligações telefônicas de policiais e traficantes grampeadas por ordem judicial.

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