segunda-feira, 10 de julho de 2017

MORTES EM PAU D'ARCO - Justiça manda prender 13 policiais envolvidos em chacina no Pará

Mandado de prisão contra policiais que participaram da operação que resultou na morte de dez trabalhadores rurais non PA (Foto: Reprodução/ TV Liberal)
A Justiça do Estado do Pará acolheu o pedido de prisão temporária feito pelo Ministério Público contra 11 policiais militares e 2 civis, pela participação na morte de 10 trabalhadores rurais que ocupavam a fazenda Santa Lúcia, em Pau D'Arco, sudeste do estado.
Os promotores de Justiça de Redenção Alfredo Martins de Amorim, José Alberto Grisi Dantas e Leonardo Jorge Lima Caldas assinam o pedido de prisão temporária de:
 Advone da Silva
 Carlos Gonçalves de Souza
 Cristiano da Silva
 Douglas da Silva Luz
 Euclides Lima Júnior
 Jonatas Pereira e Silva
 Neuily Sousa da Silva
 Orlando Cunha
 Welington Lira
 Ricardo Moreira
 Rodrigo de Souza
 Rômulo Neves
 Ronaldo Silva

Policiais federais foram destacados para cumprir os mandados, mas todos os suspeitos se apresentaram: oito policiais militares se apresentaram em Redenção, e um policiais civil, e serão encaminhados para a capital. Os demais procuraram a PF em Belém.
Segundo o Ministério, em breve será oferecida à Justiça a denúncia sobre esse caso. De acordo com a lei a prisão é por 30 dias, por tratar-se de crime hediondo, podendo ser prorrogada por igual período.

O crime - A chacina de Pau D’Arco, como o crime ficou conhecido, aconteceu no dia 24 de maio, na fazenda Santa Lúcia. Um grupo de policiais civis e militares foi até a fazenda para dar cumprimento a mandados de prisão de suspeitos de envolvimento na morte de Marcos Batista Ramos Montenegro, um segurança da fazenda que foi assassinado no dia 30 de abril.

Corpos das vítimas do massacre foram removidos na cena do crime antes da chegada da perícia (Foto: Lunae Parracho/Reuters)
Corpos das vítimas do massacre foram removidos na cena do crime antes da chegada da perícia

De acordo com a polícia, os assentados tinham um arsenal de armas de fogo e reagiram à presença dos policiais. Houve troca de tiros, que resultou nas mortes. Mas, familiares das vítimas e sobreviventes alegam que a ocupação da fazenda era pacífica, que os policiais chegaram de forma truculenta e atiraram sem provocação.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, no dia em que os posseiros foram mortos, policiais envolvidos na operação retiraram os corpos antes que perícia fosse realizada.

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