O incêndio provocado
pelos presos rebelados podia ser visto à quilômetros de distância
Dois policiais militares, um
agente penitenciário e um bombeiro militar ficaram feridos na manhã desta
segunda-feira (10) durante a invasão tática realizada pelas forças de Segurança
Pública na Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL
3, localizada no Município de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza
(RMF). No entanto, informações extra-oficiais revelam que esse número é bem
maior. Já o número de detentos feridos não foi divulgado.
O incidente ocorreu quando a
tropa da Polícia Militar e os agentes penitenciários iniciaram uma retomada do
presídio, palco de uma rebelião iniciada ainda na madrugada. Revoltados pela
suspensão da visita de fim de semana, os presos começaram a quebrar grades das
celas, queimar colchões e roupas e
destruir as celas e galerias da cadeia. Era por volta de 3 horas quando as
primeiras colunas de fumaça começaram a sair dos pavilhões e vivências.
Apedrejados - A situação piorava
à cada momento e quando o dia amanheceu o presídio já estava cercado por várias
patrulhas do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). No entanto, o efetivo
era pequeno para que fosse realizada a intervenção com segurança, já que,
atualmente, estão confinados ali cerca de 1.460 presos. A CPL 3 está isolada
desde o começo do ano com presos que se dizem integrantes da facção criminosa
Primeiro Comando da Capital (PCC).
Somente por volta de 9 horas, já
com reforço, a tropa da PM avançou taticamente nas dependências do presídio. Já
a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), informou em nota ter mobilizado
também os agentes penitenciários plantonistas, do Núcleo de Segurança e
Disciplina (Nused) e do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape). Já o
Corpo de Bombeiros Militar acionou várias viaturas para debelar as chamas no presídio.
Os policiais, bombeiros e agentes
penitenciários foram repelidos pelos presos rebelados, que passaram a
arremessar pedras e outros objetos contra os servidores da Segurança. A tropa
do BPChoque usou granadas de gás lacrimogêneo e outros artefatos não-letais
para progredir pelas galerias até chegar
ao pátio central, onde os amotinados estavam livres depois de quebrar as grades
das celas. Várias barricadas com fogo tiveram que ser ultrapassadas pela tropa
até chegar ao pátio.
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