segunda-feira, 10 de julho de 2017

Policia e agentes ficam feridos na CPPL 3 durante operação para controlar a rebelião

O incêndio provocado pelos presos rebelados podia ser visto à quilômetros de distância

Dois policiais militares, um agente penitenciário e um bombeiro militar ficaram feridos na manhã desta segunda-feira (10) durante a invasão tática realizada pelas forças de Segurança Pública na Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3, localizada no Município de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). No entanto, informações extra-oficiais revelam que esse número é bem maior. Já o número de detentos feridos não foi divulgado.
O incidente ocorreu quando a tropa da Polícia Militar e os agentes penitenciários iniciaram uma retomada do presídio, palco de uma rebelião iniciada ainda na madrugada. Revoltados pela suspensão da visita de fim de semana, os presos começaram a quebrar grades das celas,  queimar colchões e roupas e destruir as celas e galerias da cadeia. Era por volta de 3 horas quando as primeiras colunas de fumaça começaram a sair dos pavilhões e vivências.

Apedrejados - A situação piorava à cada momento e quando o dia amanheceu o presídio já estava cercado por várias patrulhas do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). No entanto, o efetivo era pequeno para que fosse realizada a intervenção com segurança, já que, atualmente, estão confinados ali cerca de 1.460 presos. A CPL 3 está isolada desde o começo do ano com presos que se dizem integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Somente por volta de 9 horas, já com reforço, a tropa da PM avançou taticamente nas dependências do presídio. Já a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), informou em nota ter mobilizado também os agentes penitenciários plantonistas, do Núcleo de Segurança e Disciplina (Nused) e do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape). Já o Corpo de Bombeiros Militar acionou várias viaturas para debelar  as chamas no presídio.
Os policiais, bombeiros e agentes penitenciários foram repelidos pelos presos rebelados, que passaram a arremessar pedras e outros objetos contra os servidores da Segurança. A tropa do BPChoque usou granadas de gás lacrimogêneo e outros artefatos não-letais para progredir  pelas galerias até chegar ao pátio central, onde os amotinados estavam livres depois de quebrar as grades das celas. Várias barricadas com fogo tiveram que ser ultrapassadas pela tropa até chegar ao pátio.

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