quinta-feira, 20 de julho de 2017

Quatro pessoas são mortas em Paraipaba na sétima chacina do ano no Ceará

A Polícia faz uma caçada para tentar capturar os assassinos

Quatro pessoas foram assassinadas a tiros e outra baleada na sétima chacina registrada neste ano no Ceará. O crime ocorreu no começo da madrugada desta quinta-feira (20) na entrada da cidade de Paraipaba, no Litoral Oeste do estado.  A Polícia mantém um cerco naquele Município, na tentativa de identificar e prender os assassinos. Há suspeitas de que a matança esteja relacionada à “guerra” de três facções pelo domínio do tráfico na cidade.
Era por volta dos 20 minutos, quando os criminosos apareceram na cidade em dois automóveis, sendo um Monza verde e um Uno branco. Ao chegarem no bairro da Gurita, na entrada da cidade, dois dos desconhecidos desembarcaram do Monza verde já com armas em punho e anunciado que eram da Polícia. Eles, então, ordenaram que quatro rapazes se ajoelhassem na calçada de uma residência onde conversavam.  Em seguida, passaram a atirar. Três dos quatro jovens morreram no local.
O quarto rapaz ferido e uma garota de 20 anos que passava pelo local e acabou baleada, foram levados para o Hospital Municipal de Paraipaba, onde o jovem morreu. A mulher  lesionada foi transferida de ambulância para Fortaleza e está internada em estado grave, no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro).

Nomes - Ainda na madrugada, uma equipe da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) esteve em Paraipaba e identificou os quatro mortos na chacina. No local do crime morreram:  Cleiver Braga de Almeida, 16 anos; Rangel Pereira Batista, e Felipe de Sousa Oliveira. No Hospital Municipal, faleceu Rodrigo Araújo dos Santos, 23 anos. Já a jovem ferida foi identificada como Maria Valéria Ramos do Nascimento, 22 anos. Ainda de acordo com a Polícia Militar, no local da chacina a Perícia recolheu cápsulas de balas de pistolas calibres Ponto 40 e 380.

A “guerra” - A chacina ocorreu em um bairro onde o tráfico de drogas é intenso e vem sendo combatido diariamente em operações das polícias Civil e Militar, através de abordagens a suspeitos e veículos. No entanto, a “guerra” pelo domínio na venda de drogas envolve, ao menos, três facções: Comando Vermelho (CV), Primeiro Comando da Capital (PCC) e Guardiões do Estado (GDE).
A GDE é a última que se instalou na cidade, recentemente, e seus integrantes tentam tomar o espaço dos traficantes rivais. Em muros de residências, caixas d’água e portões de residências, pontos comerciais e até escolas, estão pichações com as siglas dos grupos criminosos, revelando a disputa pelo controle do tráfico.

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