
A Polícia faz uma
caçada para tentar capturar os assassinos
Quatro pessoas foram assassinadas
a tiros e outra baleada na sétima chacina registrada neste ano no Ceará. O
crime ocorreu no começo da madrugada desta quinta-feira (20) na entrada da
cidade de Paraipaba, no Litoral Oeste do estado. A Polícia mantém um cerco naquele Município,
na tentativa de identificar e prender os assassinos. Há suspeitas de que a
matança esteja relacionada à “guerra” de três facções pelo domínio do tráfico
na cidade.
Era por volta dos 20 minutos,
quando os criminosos apareceram na cidade em dois automóveis, sendo um Monza
verde e um Uno branco. Ao chegarem no bairro da Gurita, na entrada da cidade,
dois dos desconhecidos desembarcaram do Monza verde já com armas em punho e
anunciado que eram da Polícia. Eles, então, ordenaram que quatro rapazes se
ajoelhassem na calçada de uma residência onde conversavam. Em seguida, passaram a atirar. Três dos quatro
jovens morreram no local.
O quarto rapaz ferido e uma
garota de 20 anos que passava pelo local e acabou baleada, foram levados para o
Hospital Municipal de Paraipaba, onde o jovem morreu. A mulher lesionada foi transferida de ambulância para
Fortaleza e está internada em estado grave, no Instituto Doutor José Frota
(IJF-Centro).
Nomes - Ainda na madrugada, uma
equipe da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) esteve em Paraipaba e identificou
os quatro mortos na chacina. No local do crime morreram: Cleiver Braga de Almeida, 16 anos; Rangel
Pereira Batista, e Felipe de Sousa Oliveira. No Hospital Municipal, faleceu
Rodrigo Araújo dos Santos, 23 anos. Já a jovem ferida foi identificada como
Maria Valéria Ramos do Nascimento, 22 anos. Ainda de acordo com a Polícia
Militar, no local da chacina a Perícia recolheu cápsulas de balas de pistolas
calibres Ponto 40 e 380.
A “guerra” - A chacina ocorreu em
um bairro onde o tráfico de drogas é intenso e vem sendo combatido diariamente
em operações das polícias Civil e Militar, através de abordagens a suspeitos e
veículos. No entanto, a “guerra” pelo domínio na venda de drogas envolve, ao
menos, três facções: Comando Vermelho (CV), Primeiro Comando da Capital (PCC) e
Guardiões do Estado (GDE).
A GDE é a última que se instalou
na cidade, recentemente, e seus integrantes tentam tomar o espaço dos
traficantes rivais. Em muros de residências, caixas d’água e portões de residências,
pontos comerciais e até escolas, estão pichações com as siglas dos grupos
criminosos, revelando a disputa pelo controle do tráfico.
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