Cinco pessoas foram presas e uma
segue foragida durante a Operação Avalanche realizada no município de Saboeiro,
no interior do Ceará. Inspeção do Tribunal de Contas dos Municípios municiaram
o Ministério Público, que iniciou as investigações no início do ano. Entre as
irregularidades constatadas estão a dispensa de licitação para a aquisição de
combustível, o que vetado por lei. A Operação Avalanche ocorreu nesta
quarta-feira (6), com a prisão de quatro pessoas. O quinto suspeito preso se
entregou nesta quinta.
Além disso, membros da comissão
de licitação da Prefeitura estariam recebendo valores mensais, em uma espécie
de 'mensalinho' para favorecer empresas. O esquema gerou um prejuízo estimado
de R$ 5.441.960,80, segundo o promotor de Justiça Hebert Gonçalves. Segundo os
promotores de Justiça, as investigações vão continuar.
O prefeito de Saboeiro, José
Gotardo dos Santos Martins, disse que só vai se manifestar sobre o assunto
oportunamente.
De acordo com as investigações, o
filho do prefeito era o responsável pelo abastecimento dos carros utilizados
pela prefeitura, mesmo sem ocupar nenhum cargo público. Uriel Martins teria
desviado pelo menos R$ 2,7 milhões em notas falsas de abastecimento. O MP pediu
a prisão dele, que segue foragido.
Uriel de Alencar Martins é
universitário em Tauá. Durante a operação, os promotores apreenderam centenas
de vales-combustível – em valores de R$ 1 mil a R$ 11 mil - assinados por ele
comprovando os supostos abastecimentos.
Em um único serviço de
abastecimento, uma retroescavadeira com capacidade máxima de 300 litros de
combustível recebeu de uma única vez 1.679 litros, totalizando o valor de R$
5.691, segundo inspeção do Tribunal de Contas dos Municípios à qual o MPCE teve
acesso. De acordo com o promotor de Justiça Herbert Gonçalves, Uriel utilizava
o posto de combustível para saque de dinheiro em espécie.
O Ministério Público também
investigou a contratação de empresas de assessoria contábil. A Prefeitura de
Saboeiro teria pago cerca de R$ 400 mil para três empresas, mas somente um
serviço foi prestado. Uma das empresas contratadas era de fachada, segundo o
MP>
Durante as investigações, a
Polícia Civil encontrou uma arma de fogo na residência de um ex-presidente da
Comissão de Licitação que não teve o nome revelado. Ele foi levado à Delegacia
de Polícia e vai responder por posse ilegal de arma de fogo.
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