Um delegado da Polícia Civil
matou sua mulher, uma juíza da Justiça do Trabalho, e depois se suicidou na
manhã do último domingo (20), em São Paulo. As mortes aconteceram no
apartamento do casal, em um prédio de alto padrão de Perdizes, na Zona Oeste da
capital paulista. Antes do crime, o delegado deixou a filha do casal na casa do
padrinho dela, no mesmo prédio. A polícia ainda trabalha para descobrir a
motivação do crime.
O delegado Cristian Sant’ana
Lanfredi, de 42 anos, estava afastado do trabalho de delegado por problemas de
saúde, de acordo com o que familiares contaram à polícia. Ele vinha trabalhando
na Assembleia Legislativa, embora não tenha sido relatado aos investigadores
que cargo ele exercia. Vizinhos afirmaram que Lanfredi havia se jogado da
janela do quarto andar do prédio onde morava no início do ano.
Após o incidente, Lanfredi vinha
tomando remédios, o que teria motivado uma briga com a mulher, a juíza Claudia
Zerati, de 46 anos, segundo o relato da filha deles, uma menina de seis anos. A
principal testemunha do crime é o padrinho da menina, Luiz Otávio Pinho de
Freitas. No sábado, ele recebeu a visita de Cristian e Claudia para
cumprimentá-lo pelo seu aniversário antes de irem a uma festa.
Por volta das 4h30, Lanfredi
voltou ao apartamento de Luiz, que fica no mesmo prédio onde ele morava.
Segundo o depoimento do padrinho, Lanfredi lhe disse que havia brigado com
Claudia e que ela saiu de casa. Por isso, pediu para Luiz cuidar da menina de
seis anos, enquanto ele resolvia a briga com a mulher. Luiz disse que estranhou
a história e, após ouvir a menina dizer que os pais haviam brigado porque o
delegado não queria tomar seus remédios, foi até a garagem ver se encontrava os
carros da família.
Os dois automóveis estavam em
suas vagas, o que indicava que nem Claudia nem Lanfredi haviam saído. Luiz foi,
então, até o apartamento do casal acompanhado pelo porteiro do condomínio. A
porta estava destrancada. No quarto, encontraram os dois corpos. Claudia levou
um tiro na nuca; Cristian, um disparo na têmpora direita. A arma, um revólver
calibre 38, estava caída no peito dele.
Para os peritos, não ficou claro
ainda se a juíza estava dormindo ou acordada na hora da morte. Os
investigadores apreenderam os celulares do casal para tentar encontrar alguma
pista que revele a motivação de Cristian para cometer o homicídio e o suicídio.
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