terça-feira, 1 de agosto de 2017

Quatro sargentos da PM são presos por sequestrar e extorquir traficantes de drogas

Segundo o MPCE, os quatro sargentos pertencem ao efetivo do 17º Batalhão da Polícia Militar

Quatro policiais militares cearenses foram presos nesta terça-feira (1º), em Fortaleza, durante uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), com o apoio da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD). Eles são suspeitos de prática de extorsão no exercício da função.
Foram presos, segundo nota à Imprensa distribuída pelo MPE, os sargentos da PM Auricélio da Silva Araripe, Glaydson Eduardo Saraiva, Jeovane Moreira Araújo e Rilmar Marques dos Santos.  Os quatro teriam sequestrado um traficante de drogas para extorquir dinheiro dele.
Ainda de acordo com a nota do MPCE, os sargentos estavam em uma viatura da Polícia Militar e abordaram o carro do traficante de drogas (identidade não revelada) na Avenida General Osório de Paiva. Em seguida, o suspeito foi colocado na viatura e levado pelos PMs na condição de refém para o pagamento de um resgate.  O traficante somente foi liberado após entregar  a quantia que os militares exigiam.  Contudo, a ação estava sendo monitorada pelo MPCE através do seu Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

Dinheiro sujo - Segundo as investigações, os quatro sargentos investigados pertencem ao efetivo do  17º Batalhão da Polícia Militar (17º BPM), sediado no Conjunto Ceará, e vinham praticando  este tipo de crime repetidamente, isto é , prendiam traficantes de drogas na área do batalhão e cobravam o pagamento de propina para liberá-los.
Com as investigações, foi, então, montada a operação para o cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.   Os PMs presos já passaram por exames de corpo de delito na Pefoce e foram encaminhados ao Presídio Militar, onde ficarão presos à disposição da Justiça.
Com os acusados, a equipe da CGD e do MPCE apreenderam uma certa quantidade de dinheiro cuja origem não foi especificada pelos PMs.  Os quatro agora vão responder a um processo criminal e, paralelamente, responderão a sindicância disciplinar na própria CGD, podendo ser expulsos da Corporação.

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