quarta-feira, 27 de setembro de 2017

PMs são presos por churrasco em base de UPP

Freezer lotado de cerveja foi encontrado na sede da UPP (Foto: Arquivo Pessoal)
Freezer lotado de cerveja foi encontrado na sede da UPP

Carne, garfos e facas, uma churrasqueira e cerveja bem gelada. A receita é perfeita para um domingo de sol no Rio. O local marcado só não poderia ser uma Unidade de Polícia Pacificadora. No caso, a base da UPP do Morro São João, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio.
Na tarde do domingo (24), cinco militares da unidade foram presos depois de serem descobertos por agentes da Corregedoria da Polícia Militar com tudo pronto para a confraternização entre amigos.
Além da bebida alcoólica na geladeira da UPP, os PMs estavam de serviço, ou seja, fardados, armados e com uma viatura à disposição. Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que o caso está sendo apurado pela Corregedoria da PM.

Grelha, tábua de carne e utensílios também foram encontrados (Foto: Arquivo Pessoal)
Grelha, tábua de carne e utensílios também foram encontrados

Fora terem sido presos administrativamente por transgressão disciplinar, os PMs também foram ouvidos por agentes do órgão correcional. As oitivas tiveram como objetivo individualizar os casos para evitar que os militares que estavam na unidade fossem punidos pelo erro de outros.
Relato na web questiona prisão - No dia seguinte à ação da Corregedoria, na segunda-feira (25), um texto com o título "PMs denunciam arbitrariedade de oficiais da Corregedoria" circulou por redes sociais. O relato conta outra versão para a prisão dos militares.
Consta no depoimento que os militares detidos estariam "sem água e sem comida na 8 DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar)", que fica no Complexo do Alemão. O texto alega que o motivo da prisão foi a "falta de cobertura, coturno sujo, além da barba que não estava adequada".

Peças de carne indicaram que militares fariam um churrasco (Foto: Arquivo Pessoal)
Peças de carne indicaram que militares fariam um churrasco

O relato diz, ainda, que os PMs foram surpreendidos pelos militares da Corregedoria e acrescenta que "o patrulhamento foi prejudicado". É dito, ainda, que "o fardamento é pago com o dinheiro do próprio policial" e que "muitos não têm dinheiro de passagem para trabalhar".
Em relação ao fardamento, a legislação estadual determina que o Estado deve arcar com o uniforme de alunos-oficiais, praças ou policiais com patentes abaixo de 3º sargento. Acima desta patente, o PM tem direito a um auxílio para custear a farda.

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