Foragida há mais de
um ano, Danúbia foi presa na Ilha do Governador
A ex-primeira dama da favela da
Rocinha, na zona sul do Rio, já está no Complexo Penitenciário de Gericinó, em
Bangu, zona oeste da cidade. Danúbia de Souza Rangel foi presa na tarde da
última terça-feira (10) próximo ao Morro do Dendê, na Ilha do Governador.
Foragida há mais de um ano, ela estava entre os criminosos mais procurados do
Estado do Rio.
Danúbia é esposa de Antônio
Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, que atualmente cumpre pena no
Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Porém, para a polícia, isto não
impediu que o traficante ordenasse a invasão na comunidade no dia 17 de
setembro. Ele, que já chefiou a Rocinha, teria rompido com o atual líder do
tráfico no local, Rogério 157. A disputa pelo controle da comunidade deu início
a uma série de confrontos e operações policiais, que já duram 24 dias.
O estopim para o início dos
confrontos teria sido a expulsão de Danúbia da comunidade, ordenada por Rogério
157. Até então, ela era a responsável por repassar as informações do marido ao
criminoso. Após deixar a Rocinha, ela teria se escondido em outras comunidades
cariocas até ser presa em um dos acessos ao Morro do Dendê.
Rogério 157 - Para a polícia, a
prisão de Danúbia, assim como a captura de Rogério 157, são pontos fundamentais
para o fim da guerra na Rocinha. Desde o início dos confrontos, a Polícia vem
fazendo operações na favela e em outras comunidades dominadas pela mesma facção
à procura do criminoso. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 50 mil
por informações que levem a sua prisão.
Polícia encontra mansão de
Rogério 157 no alto da Rocinha - Antes de chefiar o tráfico de drogas da
Rocinha, Rogério 157 era o segurança pessoal do traficante Nem, preso em 2011.
Após assumir o comando da favela, ele continuou agindo em parceria com Nem.
Porém, no último dia 17, a cumplicidade ganhou um ponto final, quando
criminosos da mesma facção invadiram a Rocinha, segundo a polícia, por ordens
passadas por Nem de dentro da prisão.
O criminoso é réu em onze
processos judiciais, respondendo por crimes como tráfico de drogas, associação
criminosa, extorsão e homicídio. Rogério tem uma passagem pelo sistema
carcerário entre 2010 e 2012, após uma invasão ao Hotel Inter-Continental, em
São Conrado. Na ocasião, dez criminosos fizeram 35 reféns, quando tentavam
escapar de um cerco policial. Sem julgamento, a Justiça decidiu libertar o
criminoso, que seria condenado dias depois pelo crime.
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